5 de junho de 2016

Destruição de um casarão antigo em Feira de Santana provoca críticas nas redes sociais

Sem nenhum equipamento de segurança, homem destrói casarão em Feira de Santana
Um vídeo que circula nas redes sociais, onde um operário em condições precárias destrói um casarão antigo em Feira de Santana, causa revolta e críticas de vários internautas. Não foi possível saber a data e os motivos, mas é a expressão da decadência. Assistir ao operário, em condições análoga do trabalho escravo, destruir um patrimônio histórico é sinônimo de uma autodestruição, uma antropofagia.

A cidade de Feira de Santana é uma das cidades baianas que menos respeitou seu passado arquitetônico. Pouco se restaram de seus casarões. O prédio que aparece sendo destruído no vídeo é o antigo prédio da Capesca, segundo o professor de história Paulo Fernando e morador da cidade. “Infelizmente, Feira de Santana cuida do seu patrimônio histórico do mesmo modo que cuida da questão ambiental”, ironiza Fernando.

Ao assistir o vídeo, é possível se lembrar dos fundamentalistas islâmicos que destroem obras históricas por questões religiosas. “Aqui se destrói tudo. Patrimônio histórico em Feira é expressão demoníaca para o poder público e para uma velha elite que não se modernizou. Uma velha elite de cerca de curral cujos descendentes seguem no mesmo atraso”, opinou pelas redes sociais o professor acadêmico e ex-vereador de Feira de Santana Marialvo Barreto.

Nenhuma autoridade responsável comentou o triste episódio. Não sabemos se autorização teve o proprietário sobre a demolição. “Triste ver o patrimônio histórico da cidade sendo demolido por falta de manutenção e por falta de consciência dos que deveriam preservar”, analisou o professor de matemática Paulo Murilo. Já a internauta Velany Bispo escreveu que é “triste destruir uma história de Feira”.

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