Estudantes de escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental I, II e Médio de toda a Bahia já podem inscrever poesias e redações, com tema livre, no 3º Concurso Escritores Escolares, realizado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), por meio da Fundação Pedro Calmon (FPC). A seleção está relacionada ao Plano Estadual do Livro e Leitura (Pell), que busca estimular a leitura escrita, descobrir talentos da literatura e fomentar o mercado editorial em território baiano.
Para marcar a abertura do período de inscrição, que vai até o dia 1º de agosto, foram realizadas apresentações artísticas no Beco da Cultura, localizado no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. O interessado em se inscrever deve comparecer à sede da FPC, instalada no Edifício Brasil Gás, na Avenida Sete de Setembro, levando duas cópias da produção textual em mídias de CD’s, além de documentos como identidade, CPF e comprovante de residência e matrícula escolar.
Para 2016, a expectativa é que o concurso dobre o número de participantes em comparação com o ano passado, quando cerca de 120 estudantes foram inscritos. "O projeto pretende incentivar os estudantes no hábito da escrita criativa. Isso já reverbera um pouco a atenção que os professores têm com os alunos", explica a titular da Diretoria do Livro Leitura, vinculada à Fundação, Mariângela Nogueira.
Aos 8 anos de idade, o estudante Samuel Dantas, que já conquistou o terceiro lugar no ano passado, vai participar novamente do concurso. Para ele, a literatura impulsiona os desejos da infância. “O meu maior sonho é ser escritor e esse concurso me ajuda. Estimula a minha construção dos textos. Isso contribui muito”.
A premiação está prevista para a primeira quinzena do mês de novembro e aos 1º, 2º e 3º colocados de cada série escolar serão entregues prêmios e menções honrosas. Os vencedores dos 1º e 2º lugares ganham 100 livros e uma bicicleta, cada. O 3º classificado leva para casa 50 exemplares de escritores baianos, resultado de editais publicados pela FPC.
De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 67% da população não contou com uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória. Onze dos 33% dos entrevistados influenciados por alguém tiveram a mãe como a principal motivadora. Foi assim também com a estudante Elidjane Cardoso, que não tinha afinidade com a literatura, mas se apaixonou por ler e escrever com apoio da família. “Não tinha interesse em livro, mas minha mãe me mostrou como é bonito entender e se expressar através dos textos. Acho que todo mundo deveria estimular esse lado”.
Fotos: Camila Souza/GOVBA
Informações: Secom via e-mail
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