23 de maio de 2011

Conjunto habitacional em Bravo vive em total abandono


Projeto habitacional mal executado coloca famílias em riscos
Moradores falam que é comum lixo, lama e muriçocas na Portelinha
Com as chuvas, a poeira acaba, mas a lama é generalizada
O conjunto habitacional Recanto da União, conhecido como Portelinha, em Bravo, Distrito de Serra Preta, surgiu através de um convênio entre a Caixa Econômica e a Prefeitura Municipal. O projeto foi executado na gestão do ex-prefeito Antonio Carneiro e doado a moradores de baixa renda.

Segundo alguns moradores, o projeto foi acompanhado de vários vícios. As casas são mal construídas, o terreno não sofreu o aterro necessário e a distribuição dos pequenos imóveis contemplou famílias por critérios eleitorais. Na ocasião, os critérios estabelecidos pelo gestor foram para favorecer o candidato derrotado a prefeito Evandro Figueiredo, que concorreu contra seu irmão e atual prefeito Adeil Figueredo, PMDB.

Muitos receberam o imóvel e venderam, jamais moraram. Quem ficou, vivem com muita dificuldade.  Quando chove, a lama e água invadem as casas. Crianças sofrem com doenças permanentemente. Período de sol, a poeira é insuportável. Sem contar com o desafio diário de conviver com um batalhão de muriçocas. Para uma moradora que não quis se identificar, “se existe inferno, o inferno é aqui”, desabafa.

Moradores pensam em se organizar e registrar uma Associação para lutar por melhorias no conjunto. “A gente sofre de todas as maneiras na Portelinha e ninguém faz nada”, diz Arnaldo ao participar do Encontro de Associações em Bravo. Sem dúvida, o abandono é tanto que o Ministério Público deva ser acionado para avaliar os problemas citados e punir os verdadeiros responsáveis.

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Fotos: Alexsandro Sena e Rodrigo Santana

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