“Tinha
uma janela com o cadeado arrombado e eles ignoraram a informação da
cena"
O
menino, é apontado como principal suspeito de ter matado os pais, o
sargento da Polícia Militar Luis Marcelo Pesseghini e a cabo Andreia
Bovo Pesseghini, a avó Benedita de Oliveira Bovo e a tia Bernadete
Oliveira da Silva.
Os
laudos necroscópicos e da cena do crime feitos pelo Instituto de
Criminalística devem ficar prontos nos próximos dias. Sanguinetti ficou
conhecido por refazer o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e
Suzana Marcolino e apontar que eles foram assassinados em 1996.
Questionamentos - Sanguinetti
afirmou que “há muita clareza nas posições dos corpos, que mostram que
os três foram assassinados”. Ainda segundo o legista, “a posição em que o
corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da
cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma mão esquerda
aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim,
com a de uma pessoa que foi assassinada. A arma do crime também não está
no local compatível, que iria aparecer na foto em cima da cama ou
próximo aos joelhos do menino”.
O
perito afirmou ainda que, “apesar de as pessoas próximas ao menino
dizerem que ele sabia atirar, a forma como cada um deles foi morto, com
apenas um tiro na cabeça, é de atirador profissional. Por mais que o
menino tivesse habilidade, ele iria efetuar mais de um disparo para
atingir os corpos dos pais e para se certificar de que eles teriam
morrido”.
O
legista questionou o fato de não ter sido detectada a presença de
chumbo, antimônio, bário e pólvora nas mãos do menino, e que, ao efetuar
supostamente os cinco disparos na parte dorsal da mão esquerda,
obrigatoriamente, teria algum vestígio. Ele questionou ainda por quê a
equipe de criminalistas não realizou exame em microscópio para observar
resíduos dos tiros na derme e na epiderme do garoto. “Eles fizeram
exames somente com a lavagem das mãos em soro, mas deviam ter retirado
pedaços da pele do menino para investigar os resíduos e iriam
encontrar”, disse.
Sanguinetti
disse que também analisou os relatos do cenário da casa dos PMs
paulistas assassinados e afirmou que a equipe de peritos só observou se o
portão e a porta estavam intactos, sem sinais de arrombamento. “Tinha
uma janela com o cadeado arrombado e eles ignoraram a informação da
cena. Provavelmente a pessoa que matou os cinco entrou pelo local”,
disse.
Armação - O
tio-avô de Marcelinho afirma que não acredita que o garoto tenha
cometido o crime e que outra pessoa é responsável pela chacina. “Não foi
a criança, não foi a criança. Alguém entrou naquela casa, alguém fez
isso aí, e a polícia vai ter que descobrir, porque a polícia tá aí pra
descobrir, não é verdade. Não é fácil falar assim: “Foi o Marcelinho”.
Morto não fala mais”, afirmou o homem que prefere não se identificar.
A
polícia afirma que as investigações apontam que o adolescente matou a
família e depois se suicidou. Frente à afirmação da família de que o
menino é vítima de uma armação, o delegado responsável pelas
investigações, Itagiba Franco, declara que a polícia apenas segue as
evidências. “Nós não somos inimigos da família, estamos trabalhando ao
lado da família, agora não nos cabe dizer se o resultado vai ser bom ou
mau pra família. Será uma resposta que daremos com honestidade”,
afirmou.
As informações são do Uol.
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