O governador Wagner foi o principal alvo dos protestos |
A organização do evento, a cargo da prefeitura de Salvador, ainda antecipou a saída do cortejo, que vai da Lapinha à Praça Municipal, no centro de Salvador, em uma hora, para tentar minimizar os já esperados protestos por parte dos docentes da rede estadual, em greve há 83 dias.
Apesar da manobra, os professores, equipados com apitos e faixas e gritando palavras de ordem, vaiaram a comitiva do governo durante todo o trajeto do cortejo. Eles ainda foram apoiados por alunos e parentes e por colegas de universidades federais no Estado, também em greve.
Um manifestante mais exaltado chegou a ser detido por policiais militares que faziam a segurança do governador Jaques Wagner (PT). O homem, identificado pela polícia como Pedro Carvalho Melo, de 19 anos, foi acusado de atirar a haste de uma faixa contra a comitiva do governador. Ele chegou a ser levado à sede da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar, mas negou a agressão e foi liberado pouco depois.
Wagner minimizou os protestos, pregando a liberdade de expressão. "O espírito da festa é este mesmo, uma marcha popular, marcada pelas manifestações populares", argumentou. "Os valores da liberdade e da democracia têm de ser enaltecidos." Discurso semelhante adotou o candidato do PT à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, que seguiu o trajeto junto com Wagner. "O aplauso e a vaia fazem parte da democracia."
Conhecido como termômetro eleitoral, por reunir políticos e população em um mesmo espaço, o cortejo teve a participação de todos os candidatos à prefeitura de Salvador. Apontados como principais antagonistas de Pelegrino, ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB) comemoraram a boa receptividade da população. "Se depender do calor que estamos recebendo nas ruas, vamos vencer este ano", disse Neto.
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