Governador baiano esteve fora do país por 78 dias em seu segundo mandato
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), é o que
mais viaja entre as autoridades máximas de 15 estados, segundo
levantamento feito pelo jornal O Globo. Ao todo, considerando o menos de
um ano e meio de mandato desde 2011, os 15 governadores pesquisados
somam mais 370 dias fora do país em viagens oficiais - ou seja, pagas
com recursos públicos.
Desde janeiro de 2011, quando começou seu segundo
mandato, Wagner passou 78 dias no exterior, em 14 missões oficiais. Isso
dá quase uma viagem por mês, em média. O governador baiano tem mais do
que o dobro de dias fora do país do que os segundos colocados na
pesquisa, os governadores de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e
do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que têm 35 dias de viagem para
fora do país cada. Atualmente, o governador da Bahia está em viagem nos
Estados Unidos.
Em quarto lugar está o governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz (PT), que ficou 34 dias fora do país. Aparece
em seguida o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que teve 29
dias fora. O de Goias, Marconi Perillo (PSDB), vem em seguida, com 28
dias.
Comitivas
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O jornal também fez um ranking com as comitivas que mais custaram aos cofres de seus estados nas viagens. A lista é liderada por Minas Gerais (R$ 687 mil), seguido pelo Rio. Depois aparece a Bahia - as 14 missões oficiais de Wagner custaram aos cofres públicos R$ 285 mil.
Os dados da reportagem de O Globo são dos governos -
o jornal pediu aos 26 estados e Distrito Federal informações sobre as
viagens internacionais dos governadores. Só ES, RN, GO, TO, SP, RS, MG,
BA, PR, SC, RJ, SE, PA, AM e MA enviaram os dados pedidos. Dos governos
que não responderam às questões, pelo menos oito viajaram para o
exterior, aponta a matéria - CE, DF, MT, PE, AL, AC, PB, PI. Somente
Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, declarou não ter feito
viagens internacionais.
A primeira viagem de Wagner em 2011 foi para a
França, na ocasião do Grand Slam do Judô - na ocasião, o governo
informou que foi acertada a realização na Bahia do campeonato mundial do
esporte em 2012. Wagner voltou ao país para divulgar o cacau baiano na
16ª Edição do Salon du Chocolate. Ele também viajou à China para
reuniões com a JAC motors, que instalou uma fábrica na Bahia.
O principal destino dos governadores nestes 17 meses
analisados foi a Europa. Wagner foi um dos três únicos governadores a
visitar a China. O país que mais recebeu missões oficiais de
governadores brasileiros foi a França - foram sete. Só o governador da
Bahia esteve no país por duas vezes no atual mandato.
Fonte: Correio
Líder
governista na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado
estadual Zé Neto (PT) partiu em defesa do governador Jaques Wagner, seu
correligionário, apontado em um ranking feito pelo jornal O Globo como o chefe de Executivo estadual que mais realiza viagens internacionais.
Fonte: Correio
Zé Neto defende Wagner: ‘Luciano Simões devia se preocupar com as viagens de Cabral’
Foto: Carolina Barreto / Tudo FM |
Segundo o levantamento, desde 2011, o petista passou nada menos que 78
dias fora do país, a um custo de R$ 285 mil. De acordo com o
parlamentar, todas as saídas de Wagner foram justificadas com o
“propósito de desenvolver o estado” e os resultados apresentados. “Não
existe nada anômalo. Graças a isso é que hoje temos investimentos em
alta tecnologia, conseguimos atrair a JAC Motors, a PepsiCo para Feira
de Santana, a empresa francesa de aerogeradores Alstom, entre outras”,
justificou Zé Neto, ao pontuar ainda que, em excursões internas, o
governador já acumulou 334 visitas a municípios baianos.
Para ele, o
deputado Luciano Simões (PMDB), que protocolou na AL-BA um pedido de investigação das viagens de Wagner,
deveria estar atento às idas e vindas do seu colega de partido que
governa o Rio de Janeiro. “Ele deveria se preocupar com as viagens de
Sérgio Cabral. A oposição tinha que apresentar um debate político
consistente. Se o governador não viajasse, estavam reclamando porque a
Bahia não tinha investimento”, criticou.
Conforme o estudo do jornal O
Globo, no período apurado, o gestor fluminense foi ao exterior 29 vezes,
número 37% inferior ao do comandante baiano, porém ao custo de R$ 342
mil, o segundo mais caro do Brasil, atrás do governador Antonio
Anastasia (PSDB), de Minas Gerais (R$ 687 mil).
Fonte: Bahia Notícias
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