Só
depois do nascimento da criança que a empregada doméstica e o bebê
foram admitidos no Hospital da Mulher, que estava superlotado
Imagem interna do Hospital da Mulher Foto: Blog Por Simas |
Uma empregada doméstica deu à luz ao filho na
recepção do Hospital da Mulher, no município de Feira de Santana, neste
domingo (27). De acordo com informações da TV Bahia, não existem leitos
em quantidade suficientes para as gestantes que procuram o hospital, e a
unidade médica estava superlotada durante este final de semana.
Geane Eufrásio dos Santos chegou ao local
acompanhada da sogra e sentindo muitas dores, mas como não recebeu
atendimento, acabou dando à luz na recepção do hospital. Só depois do
nascimento da criança que a empregada doméstica e o bebê foram admitidos
na unidade médica. Ainda assim, Geane teve que ficar em uma maca no
corredor do hospital.
Em entrevista ao Bahia Meio Dia, a médica Nayanne
Lira, do Hospital da Mulher, disse que a unidade está sobrecarregada.
"Ela não foi admitida porque não tem lugar pra examinar a paciente. Temos uma paciente pós-parto que pariu nessa madrugada (27) e ficou no
consultório porque não temos lugar para colocar ela. Não tem como
examinar ninguém, não tem uma maca livre no hospital," afirma a médica.
"Durante o final de semana aqui em Feira de Santana, o Hospital da
Mulher é o único hospital que está funcionando com dois médicos,
pediatra e anestesista, com 100% da equipe completa. Então a demanda é
muito grande para a gente dar conta de tudo."
De acordo com a unidade médica, o Hospital da
Mulher atende gestantes feirenses e de mais 100 municípios vizinhos. A
previsão é de que mais 20 leitos sejam disponibilizados no hospital até o
mês de outubro, mas por enquanto apenas 68 vagas funcionam no local
atualmente.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Feira de
Santana, o Hospital da Mulher está sobrecarregado nas últimas semanas
devido a falta de médicos obstetras no Hospital Geral Clériston Andrade
(HGCA) durante o final de semana. Já a direção do HGCA afirmou que não
houve suspensão no atendimento do setor de obstetrícia do hospital por
falta de médico, e que a unidade funciona normalmente com dois médicos
obstetras durante o final de semana.
Após o parto inesperado na recepção do hospital, a empregada doméstica Geane e o bebê dela passam bem.
Fonte: Correio
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