9 de maio de 2011

Militantes de Esquerda e filiados do PT estiveram na Rádio Subaé para esclarecer a crise petista

Valter Vieira entrevista os militantes e simpatizantes do PT de Serra Preta
Militantes divulgam, em programa de rádio, a interferência que Adeil deseja fazer no PT 
Radialista Valter Vieira recebe os militantes na porta da Rádio Subaé
Representantes de seguimentos progressistas, como o grupo "Militância Vermelha", filiados do PT e outros ativistas sociais estiveram no estúdio do Programa Ronda dos Municípios, comandado pelo âncora Valter Vieira, para esclarecer a tentativa de cooptação do PT por parte do prefeito Adeil Figueiredo, PMDB.

É verdade que o Partido dos Trabalhadores em Serra Preta convive em crise já algum tempo. Mas o prefeito Adeil, seguidor de Targino Machado, conseguiu aprofundar a crise do PT de Serra Preta ainda mais com a adesão do vereador Edmilson, eleito pelo PT, a seu governo. Além disso, o pequeno grupo que segue o vereador tentam, a todo custo, levar a sigla para a base do poder municipal em troca de uma secretaria.

Durante o programa, que dedicou 40 minutos ao tema, ficou claro que a negociata não partiu da vontade da maioria dos filiados do PT. Mário Ângelo, membro-fundador do partido, abriu a discussão afirmando que os poucos filiados que desejam servir ao prefeito foram ingênuos ou gananciosos em aceitar e defender a participação no poder local. Ainda acredita que o PT Estadual não deva concordar com a atitude dos "aloprados", parafraseando o ex-presidente Lula. Jeremias Santana, filiado que participou da reunião secreta dos seguidores do vereador Edmilson (PT) em prol do prefeito, confirmou que votou contra ao apoio e que o cenário político já estava orquestrado para atropelar militantes contrários a vontade do vereador.

Hélio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Serra Preta, e Prof(a) Maria Nívea, uma das fundadoras do grupo "Militância Vermelha", lamentaram o ocorrido. "Apoiamos a Deputada Neusa Cadore em Serra Preta com o objetivo de fortalecer o PT como um partido de luta em defesa dos mais sofridos", comenta Nívea. A professora classificou a atitude de participar da base do prefeito como uma "aberração sem lógica alguma", já que o prefeito não segue os princípios que o PT sempre defendeu.

O ponto alto da discussão foi as intervenções dos ouvintes, oferecendo força e apoio aos militantes. Ao mesmo tempo, ouvintes aproveitaram para fazer denúncia de abandono do município por parte do prefeito Adeil Figueiredo, PMDB. "O bairro da Portelinha em Bravo falta tudo. Com as chuvas, as ruas estão cheias de lama" - critica uma ouvinte. Já outro ouvinte Alex, ex-filiados do PT, disse que a atitude do vereador Edmilson apenas confirmou as suas práticas diárias.

Cal do PT, ex-presidente do partido e atualmente se dedica a organizar sem-terras no município, fez duras críticas a Paulo Sérgio, filiado do partido e possível Secretário do governo Adeil, afirmando que o militante era um oportunista de plantão. Segundo Cal, no passado, ele prestava serviço a Aldinho, filho do atual vice-prefeito e ex-vereador pelo extinto PFL. Em seguida, se aproximou do PT de olho em um emprego no MOC e atualmente ocupa uma função terceirizada na Petrobrás, como o cargo será substituido por concursados, o militante deseja servir Adeil na função de Secretário.

A suplente do vereador Edmilson, Raquel da Lagoa (PV) disse que o vereador traiu seu discurso. "Em campanha, ele dizia que ia ser o fiscal do povo e hoje ele se adere ao prefeito adversário" - argumenta. Disse também, que o vereador deveria ter mais consideração a seus colegas, já que não se elegeu apenas com seus votos, mas sim com o apoio da coligação [PV, PT e PCdoB].

Com o tempo esgotado do programa, Mário Ângelo encerrou afirmando que o grupo lutará dentro ou fora do partido para salvar o PT das garras do prefeito de Serra Preta. Divulgou nomes do PT que apoiam a moralização do partido como o de José Guerra, Secretário de Direitos Humanos; Humberto Guanais, ex-diretor do biodiesiel na Bahia e os Deputados Bira Coroa, Neusa Cadore e Amauri. Solicitou a opinião do líder do PT no Legislativo, Deputado Zé Neto, mas acha que o parlamentar não sujará sua história aceitando tais práticas clientelistas.

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