28 de outubro de 2019

Tombamento de Serra Preta é tema de entrevista

Geoh Barreto entrevistou professor Mário Ângelo
No distrito de Bravo, município de Serra Preta, 150 km de Salvador, o professor Mário Ângelo Barreto foi convidado para falar sobre o Tombamento da cidade história de Serra Preta na rádio comunitária local, Bravo FM. A entrevista aconteceu no programa 'Resenha da Tarde', conduzida pelo âncora Geoh Barreto.

O professor Mário Ângelo teve a oportunidade de levar aos ouvintes informações precisas e objetivas sobre o processo de Tombamento, acompanhadas de melhorias estruturais e uma agenda cultura anual, que a cidade de Serra Preta precisa. Atualmente, a cidade de Serra Preta convive em plena decadência econômica. Sem oportunidade, diversos moradores estão migrando para localidades próximas, principalmente para Feira de Santana e Salvador.

Serra Preta é uma das cidade mais antigas da Bahia.  Foi elevada a condição de vila em 1722. Feira de Santana, maior cidade do interior no nordeste, é de 1832. Serra Preta não tem recebido o reconhecimento histórico merecido. O poder público pouco faz para valorizar a cidade. Nas últimas década, diversas casas históricas foram substituídas, até mesmo o Barracão foi destruído pelo poder público, que deveria cuidar.

Prof. Mário Ângelo diz que o desenvolvimento econômico da cidade
 de Serra Preta depende de seu reconhecimento histórico
Na entrevista, o professor Mário Ângelo lembrou de cidades histórica que melhoraram depois do Tombamento de boa parte de sua arquitetura. Um bom exemplo foi a cidade de Cachoeira, sede de uma das maiores Feiras Literárias do Brasil. "Desde dos anos 90, que venho debatendo a importância de se preservar a cidade, que nasceu a partir de um forte combate entre os portugueses e os índios paiaiás", lembrou o professor.

No passado, Serra Preta era uma zona importante para quem migrava do litoral para o semiárido.  Logo na entrada da cidade, localiza-se Tanque dos Milagres, que na verdade é uma nascente de riacho abandonada,  mas que já foi uma reserva estratégica na região. Para o professor, a água e a terra fértil foram os principais motivos de disputa e fixação de uma zona urbanizada.

Um pouco da sua história, garantida pela oralidade, e muita coisa de seu patrimônio arquitetônico ainda resistem ao tempo. Para o professor, a prefeitura, IPAC e IPHAN deveriam tomar as devidas providências, antes que tudo seja apenas ruínas. Geoh Barreto avisa que os áudios da entrevista podem ser solicitados via whatsapp (75) 99212-4369, através da Rádio Comunitária Bravo FM. O programa "Resenha da Tarde" vai ao ar das 15 às 17h.



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