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Geoh Barreto entrevistou professor Mário Ângelo |
No distrito de Bravo, município de
Serra Preta, 150 km de Salvador, o professor Mário Ângelo Barreto foi convidado
para falar sobre o Tombamento da cidade história de Serra Preta na rádio comunitária
local, Bravo FM. A entrevista aconteceu no programa 'Resenha da Tarde', conduzida
pelo âncora Geoh Barreto.
O professor Mário Ângelo teve a oportunidade
de levar aos ouvintes informações precisas e objetivas sobre o processo de
Tombamento, acompanhadas de melhorias estruturais e uma agenda cultura anual, que a cidade de Serra
Preta precisa. Atualmente, a cidade de Serra Preta convive em plena decadência
econômica. Sem oportunidade, diversos moradores estão migrando para localidades
próximas, principalmente para Feira de Santana e Salvador.
Serra Preta é uma das cidade mais
antigas da Bahia. Foi elevada a condição
de vila em 1722. Feira de Santana, maior cidade do interior no nordeste, é de
1832. Serra Preta não tem recebido o reconhecimento histórico merecido. O poder
público pouco faz para valorizar a cidade. Nas últimas década, diversas casas
históricas foram substituídas, até mesmo o Barracão foi destruído pelo poder
público, que deveria cuidar.
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Prof. Mário Ângelo diz que o desenvolvimento econômico da cidade de Serra Preta depende de seu reconhecimento histórico |
Na entrevista, o professor Mário
Ângelo lembrou de cidades histórica que melhoraram depois do Tombamento de boa
parte de sua arquitetura. Um bom exemplo foi a cidade de Cachoeira, sede de uma das
maiores Feiras Literárias do Brasil. "Desde dos anos 90, que venho
debatendo a importância de se preservar a cidade, que nasceu a partir de um
forte combate entre os portugueses e os índios paiaiás", lembrou o
professor.
No passado, Serra Preta era uma zona
importante para quem migrava do litoral para o semiárido. Logo na entrada da cidade, localiza-se Tanque
dos Milagres, que na verdade é uma nascente de riacho abandonada, mas
que já foi uma reserva estratégica na região. Para o professor, a água e a
terra fértil foram os principais motivos de disputa e fixação de uma zona
urbanizada.
Um pouco da sua história, garantida
pela oralidade, e muita coisa de seu patrimônio arquitetônico ainda resistem ao
tempo. Para o professor, a prefeitura, IPAC e IPHAN deveriam tomar as devidas
providências, antes que tudo seja apenas ruínas. Geoh Barreto avisa que os
áudios da entrevista podem ser solicitados via whatsapp (75) 99212-4369, através
da Rádio Comunitária Bravo FM. O programa "Resenha da Tarde" vai ao
ar das 15 às 17h.
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