Pelo terceiro ano seguido o Pelourinho abriu as portas para a literatura, arte e muita diversidade. A Flipelô 2019 reúne em todo o Centro Histórico programações culturais que integram, desde a feira de artesanato na Praça da Sé, até exposições artísticas e lançamentos de livros nos espaços espalhados no Pelô.
Entre as programações, a Casa do Benin recebeu o bate-papo As Crianças Negras e a Literatura Infantil, que reuniu os escritores Cássia Valle, Marcos Cajé e Davi Nunes, discutindo as produções literárias negras e divergentes.
E entre os grandes nomes presentes durante a Flipelô, como Arnaldo Antunes, que se apresentou na abertura da feira na quarta-feira, está o cantor, compositor e escritor Martinho da Vila, que participou de uma mesa temática e lançou na noite da quinta (8) em Salvador seu livro As Crônicas de um Ano Atípico, no Teatro Sesc-Senac. “É importante participar dessa feira literária, porque é um evento de projeção nacional e internacional. É um lugar onde todo o escritor quer e deve chegar”, comentou o sambista.
A mesa, batizada de Literatura que dá Samba?, que ainda teve a presença da também escritora carioca Helena Theodoro, dialoga com a proposta da obra de Martinho, que ressaltou a importância de acontecer no Pelourinho: Muito bom trazer essa temática para cá porque o samba tem origens negras, assim como o Pelourinho é um espaço negro e, agora muito festivo”.
Com muito bom humor, o músico brincou com um outro recorte que o livro traz, a comemoração do seu 80° aniversário: “Ninguém pensa em fazer 80 anos, só quando a gente faz que cai a ficha, quem diria”.
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