3 de junho de 2019

Desigualdade de renda no Brasil atinge o maior patamar já registrado, diz FGV/IBRE

O Brasil é um dos países com maior concentração de rendaVista parcial da favela de Paraisópolis — Foto: Glauco Araújo/G1
Mês passado, foi divulgado que "a  desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019. Segundo pesquisa do estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), o índice que mede a desigualdade vem subindo consecutivamente desde 2015, e atingiu em março o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012" - segundo o portal de notícias G1.

De fato, a pesquisa reflete muito forte no semiárido baiano. Em visita as comunidades rurais de Serra Preta, a principal reclamação é o desemprego e o aumento dos preços dos alimentos. No mês de São João, maior festa do nordeste, que comemora a colheita, não parece nada animador. O trabalhador rural não tem a segurança de ganho na produção.

Outra incerteza é a reforma da previdência, que pretende exigir contribuição dos trabalhadores rurais e provas mais rígidas. Para os especialistas, essa exigência pode criar um caos social muito forte nos municípios de pequeno porte. “Entretanto, o ataque a longo prazo mais profundo é o que prevê a transferência do regime previdenciário para a capitalização. Ao contrário do sistema de solidariedade entre gerações que vigora hoje no Brasil, na capitalização é a poupança individual de cada trabalhador que custeia no fim da vida a sua própria aposentadoria”, divulgou a Revista Carta Capital.

Em nota, o pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE, Daniel Duque, explicou que os mais pobres sentem mais o impacto da crise pela própria dinâmica do mercado de trabalho em tempos de economia fraca. “Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem”.

Esta matéria contou com informações do G1


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