Feira do Bravo é uma das mais movimentadas da região. Foto: Arquivo |
Os sábados pela manhã do
distrito de Bravo, município de Serra Preta, são muito atraentes para quem
gosta de uma movimentada feira livre na praça. É o dia que boa parte dos
negociantes da região realiza negócios, marca encontros ou mesmo se distrai acompanhando
o vai e vem dos feirantes.
Mais de 10 mil pessoas circulam
em torno da feira livre do Bravo. A feira começa a partir da sexta-feira à noite com a chegada de feirantes de Ipirá, Anguera, Ipecaetá, Santo Estevão e toda
a região, principalmente da zona rural. Na feira livre do Bravo se vende de
tudo! De animais a verduras; De roupas a utensílios domésticos.
A feira livre também movimenta o comércio
local, o mais desenvolvido do município de Serra Preta. São poucas as pequenas cidades
baianas que superam a rede comercial do distrito de Bravo, com destaque para os
supermercados, lojas de material de construção, frigoríficos e bares.
Há 25 anos, o principal meio de
transporte para os consumidores da zona rural frequentar a feira livre do
Bravo era as montarias. Hoje, os animais foram substituídos pelas motocicletas
e carros de variadas as marcas. Tal transformação possibilitou o surgimento de
oficinas mecânicas e lojas de autopeças no distrito.
Além de expor os produtos da
economia familiar, a feira livre do Bravo também é palco para apresentações de
artistas do povo. Não é difícil encontrar rezadores, samba de roda, trio de
forró, círculo de capoeira e muitas outras manifestações culturais.
Precisa de organização
O crescimento foi considerável,
porém, a feira livre do Bravo necessita de uma atenção melhor na organização.
Pouco se encontra fezes de animais nas ruas, mas o trânsito se tornou sem
regras. Não há regras claras para se estacionar um veículo. Todos os espaços
possíveis são disputados. As leis de trânsitos parecem não existir em Bravo
durante a feira livre.
Outro problema é o controle do
barulho de carros de som. Em período eleitoral é preciso acordo judicial entre os candidatos, mesmo
assim, confusões acontecem. Donos de carros particulares disputam seu gosto
musical impondo som alto nos bares. Solicitar para baixar é quase uma ofensa.
Em Gravatá - PE, o poder público organizou a feira livre a pedido dos feirantes Foto: Pernambuco Notícias |
Mas muitos fazem apelo para
organização da própria feira livre. As barracas de madeiras precisam ser
trocadas ou mesmo padronizadas. Setores de produtos necessitam ser
estabelecidas para facilitar as compras. A feira é um verdadeiro mosaico.
Muitos esquecem mercadorias em barracas e jamais encontram.
Todos sabem que a feira livre
acontece em diversos cantos do país. No nordeste é tradição. Quase todas as cidades e
vilarejos escalam um dia da semana para se dedicar a feira livre. É um
patrimônio cultura, sem duvida, que deve ser preservado. Qualquer mudança deve
passar por consulta pública exaustiva. Foi assim que o poder público de Gravatá,
Pernambuco, melhorou a organização de sua feira livre em 2012.
Trocas de barracas e lonas deram mais conforto aos feirantes de Gravatá - PE Foto: Pernambuco Notícias |
Após solicitação dos feirantes
de Gravatá, o poder público mudou as ferragem e lonas das barracas, ampliou os
corredores e se dedicou mais a limpeza da praça depois da comercialização. Sem dúvida,
é possível manter os negócios, as tradições com conforto, higiene e mais
seguranças para todos que frequentam a feira livre do distrito de Bravo.
Para quem é amante da feira livre,
todos os sábados há feira livre em Bravo, das 5h às 15h. Os preços são bons e o
bate-papo nos bares também. O Bravo fica a 170 km de Salvador. A principal via
é pela Estrada do Feijão, BA 052. A região é famosa pelo saboroso requeijão.
Vídeo produzido por Zelito Leite
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