22 de abril de 2017

Juristas explicam por que Moro errou ao querer Lula em 87 oitivas de testemunhas

Segundo os juristas, “a determinação não encontra respaldo no CPP
decisão do juiz Sergio Moro de exigir a presença de Lula nas 87 audiências de testemunhas de defesa é ilegal. Isso é o que afirmam o juiz, doutor em Direito pela UFPR e professor de Processo Penal na UFSC, Alexandre Morais da Rosa, e o doutor em Direito Processual Penal e professor da PUC-RS Aury Lopes Jr.
Segundo os juristas, “a determinação não encontra respaldo no CPP e na orientação dos tribunais, tratando-se de mais uma leitura isolada do processo penal formulada pelo juiz Sergio Moro, que respeitamos e que, como qualquer juiz, pode estar errado”.
Em artigo publicado na Revista Consultor Jurídico, eles explicam seis motivos pelos quais a decisão é ilegal. O primeiro diz respeito ao número de testemunhas: por que 87? “O número de testemunhas assusta porque o Ministério Público Federal deu essa possibilidade ao cumular diversas imputações. Logo, não foi invenção nem abuso do acusado. Está na regra do CPP: artigo 401”, explicam.
Lopes e Rosa ainda sustentam que “mesmo o acusado em liberdade provisória não pode ser obrigado a comparecer em oitiva de testemunhas que foram arroladas porque faz parte de sua tática defensiva”. Para eles, a “decisão peca ainda pelo ranço autoritário, na medida em que coloca o acusado na situação de ‘objeto’ de prova, e não de sujeito do processo”.
Leia o artigo na íntegra aqui.
(Foto: Lula Marques/AGPT)

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