Finalizando o São João 2016 e brotando a esperança

Galera no forró da Rua do Norte em Bravo. Foto: Facebook de Janaína Barreto

Apresentação de quadrilha na Rua do Norte. Foto: facebook de Janaína Barreto

O São João 2016 passou rápido para mim. Em Serra Preta o povo reclamou do abandono da festa por parte do Poder Público local. De fato poderia ser bem melhor, mas o São João é uma festa tradicional que resiste às músicas meramente comerciais e a insensibilidade dos gestores estúpidos.

Como festa do povo, o próprio povo mantém sua festa. Diversas quadrilhas se apresentaram na zona rural, o forró improvisado nas casas, as comidas típicas, embora a irregularidade do clima prejudicasse e muito a lavoura.

Um dia antes da festa a prefeitura improvisou a estrutura. Facebook: Alex Matos

Em Bravo, distrito de Serra Preta, Nena de Marinho confirma sua hegemonia de maior fogueira de São João. O fogaréu atravessa a noite junina. A inovação ficou por conta da Rua do Norte, que realizou seu próprio forró. Ainda hoje, a Rua Santana realiza seu tradicional forró.

Para minha surpresa, a cidade de Serra Preta ainda não iniciou seu São João, ou melhor, São Pedro, com o “forró do jegue”, onde centenas de pessoas ocuparão as ruas de uma das cidades mais antigas da Bahia, datada de 1722.

Julho começa o segundo semestre e também a corrida eleitoral se aproxima, onde o Brasil escolherá mais de cinco mil gestores. Cidades vão se libertar de coronéis, outros nem tanto, mas desejo que o espírito festivo continue e se transforme em pensamento crítico com força suficiente para “aposentar” muitos corruptos, ficha suja e bandidos que enriqueceram do dinheiro público. 

São João na roça