Ariane Leitão foi secretária de Política para as Mulheres do Rio Grande do Sul e vereadora em Porto Alegre |
“Fiquei tão chocada que a sensação, na hora, era de que tinham me dado
um soco no estômago! Nada pode ser pior que envolver teu filho nessa canalhice
toda”. Mãe revela que pediatra negou atendimento a seu bebê de 1 ano por ela
ser petista
Uma discordância ideológica levou uma médica pediatra a cancelar
uma consulta, agendada para um bebê de um ano de idade, pelo fato de a mãe da
criança ser petista.
O
caso, que só veio à tona ontem, ocorreu na semana passada e envolveu a
ex-secretária estadual de Políticas para Mulheres e ex-vereadora de Porto
Alegre Ariane Leitão (PT).
Segundo
o relato de Ariane, a médica atendia o filho dela, Francisco, desde o primeiro
mês de vida. Ela revela, porém, que recebeu uma mensagem da médica desmarcando
uma consulta de revisão do bebê.
“Estava
tudo andando bem, a última consulta, inclusive, não teve nenhum problema. Foi
muito pelo contrário, porque acabamos criando uma relação de bastante respeito
e ela de muita atenção com o Francisco. Mas recebi, de forma surpreendente,
pelo WhatsApp, uma mensagem dela dizendo que estava declinando da condição de
pediatra do meu filho, que essa era uma decisão irrevogável, com ataques bem
ruins, falando em honestidade, em coisas que não tinham nada a ver. Misturando
uma questão pessoal dela com uma questão pessoal e profissional minha, mas que
não tem nada a ver com o atendimento do meu filho, citando o (ex-)presidente
Lula. É uma demência. E ainda por cima desmarcando a consulta sem me dar
nenhuma alternativa de atendimento, não me indicando ninguém que pudesse
atendê-lo. É uma pessoa que realmente não tem condição de exercer a Medicina,
ainda mais a Pediatria, porque a Medicina por si só já é uma profissão que tem
essa questão do cuidado com o próximo, da saúde com as pessoas”, desabafa
Ariane.
Segundo
o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers),
Rogério Aguiar, está previsto, tanto na Constituição Federal quanto no próprio
Código de Ética Médica que não pode haver nenhum tipo de discriminação com
pacientes. No entanto, Aguiar vê como improvável a cassação do exercício
profissional para este caso.
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