16 de dezembro de 2015

NÃO VAI TER GOLPE: Que tal conquistar 54 milhões de votos?

Desculpe-me, Seu Coxinha, mas presidente do Brasil só pelo voto direto
Foto: Georgeton Correia
Já que o 'impeachment' é muito mais político do que jurídico, cada um pode, sem grandes justificativas, apoiar ou ser contra ao processo de queda da presidenta Dilma. Eu vou me posicionar livremente. Já cansei de debater nas redes sociais, justificar, ponderar, evidenciar interesses de grupos... Mas tudo isso em vão.

Quem deseja derrubar Dilma, quer porque quer! - mesmo que seja para deixar um corrupto, golpista ou escritor de carta depressiva no lugar. Para o grande público, o posicionamento é uma questão de simpatia, talvez. Afinal, o cidadão brasileiro tem apenas quatro grandes emissoras de TV para se (des)informar. O discurso da corrupção é o pior dos argumentos, já que a direita conservadora – que está articulando a queda da presidenta - é especialista em se apropriar dos recursos do Estado.

Evidente que assistimos a um processo de horror sobre a sangria nos cofres públicos. Temos a impressão que ninguém presta ou esteja preocupado com o interesse público. Pelo conjunto das obras, aceitaria a queda da Câmara, do Senado, da presidenta Dilma e que fosse escolhida uma Assembleia Constituinte para refundar o país. Nova reforma política, tributária, midiática, educacional, auditoria da dívida pública, etc.

Mas uma Constituinte não sai neste momento. Não vamos nos iludir. E não sou eu que vou engrossar as fileiras para que a direita conservadora, aristocrática, de valores ‘agroescravocratas’ volte a dominar a caneta do orçamento. Sendo assim, Dilma fica! Não ao golpe. 2018 a gente escolhe uma presidenta melhor. Os males da democracia a gente resolve com mais democracia! 

Mário Angelo S. Barreto
Professor de História, acadêmico em Direito - UFBA 
e aventureiro na arte de se comunicar


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe do blog deixando sua mensagem, nome e localidade de onde escreve. Agradecemos.