“Quem nunca errou que atire a primeira
pedra”. É com citação bíblica do evangelho de João (8;7) que o professor de
Direito Henrique Quintanilha se refere ao fato de ter sido multado por
estacionar em uma vaga de idoso dentro do estacionamento de um shopping de
Salvador. Quintanilha, de 32 anos, virou aquele que todos amam odiar nas redes
sociais, depois de aparecer em um video deste blog. Na filmagem,
durante uma ação de agentes da Transalvador, os carros dele e de outros
dois motoristas são multados por não terem credencial para estacionamento em
vaga exclusiva. Quintanilha, ainda vestido com a roupa que usou na
academia, tenta convencer os servidores de que a operação não é legal.
O bacharel em
Direito aceitou gravar com a condição de a entrevista ser exibida na íntegra, sem
cortes e sem edição.
Ele diz que,
após a repercussão do vídeo, vai entrar com uma representação no Ministério
Público por considerar inconstitucional a autuação por agentes públicos dentro
do espaço privado. “Não há competência legal do município de Salvador para
fiscalizar estacionamento da casa de ninguém, nem de condomínio, nem de posto
de gasolina, nem de shopping center.
Quem tem que gastar com isso é o shopping”. Para o professor, estacionamento
privado não é trânsito, logo o Código de Transito Brasileiro não
poderia ser aplicado e a autarquia municipal não poderia autuar. “É o que
acontecia na Idade Média. Faltava dinheiro no cofre para fazer uma festa no
palácio, invadia a casa das pessoas e pegava o dinheiro das pessoas dizendo
isso aqui é tributo”
Depois da
difusão do vídeo, ele diz que é reconhecido nas ruas e no shopping e que ganhou
estímulo para “fazer o que sempre fez: defender os interesses da coletividade.” O
professor de Direito reconhece que errou ao estacionar indevidamente, mas diz
que o fez porque o carro foi danificado anteriormente no shopping e ele não
teve nenhuma resposta. Daquela vez, preferiu estacionar perto da entrada da
academia.
Sobre dezenas de
milhares de críticas e acusações recebidas na internet (três dias depois, o
vídeo contava com mais de 35 mil visualizações), ele diz que ficou tranquilo. “As pessoas que me difamaram praticaram um crime,
eu poderia processar elas mediante um mero print
screen do facebook. Parar numa vaga de idoso, uma vez, é muito
menos gravoso do que difamar publicamente as pessoas que não se conhece”.
Assista ao vídeo abaixo e veja se ele tem ou não o whatsapp do prefeito de Salvador,
conforme mencionara aos agentes do órgão de trânsito.
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