12 de dezembro de 2014

Por causa de dívida, luz é cortada em duas residências da Ufba

O débito com a Coelba não é o único da Ufba. Segundo os alunos, a bolsa de pesquisa o auxílio alimentação estão atrasados
Por causa de dívida, luz é cortada em duas residências da Ufba
(Foto: Reprodução)
Estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) que moram na residência universitária R2, no Largo da Vitória, ficaram no escuro, na manhã da quinta-feira (11), depois que a Coelba cortou o fornecimento de energia elétrica no imóvel. Lá, vivem 34 estudantes.

O motivo do corte, segundo a Coelba, foi uma dívida da Ufba com a concessionária, cujo valor não foi informado. Além da R2, também foi suspenso o fornecimento de energia no imóvel da Rua Araújo Pinho, no Canela, onde funcionava a residência R3. 

O local, no entanto, está vazio: os mais de 90 estudantes de lá foram transferidos em 2009 para uma pousada na Rua Barão de Loreto, na Graça, depois que parte do teto do imóvel desabou.

Estamos sem receber desde o dia 1º. Tem gente que depende dessa grana para comer
Leandro Luz, estudante de Direito da Ufba, sobre auxílio de R$ 150

“Antes da execução dos cortes, houve tentativa de negociação por parte da concessionária, e a suspensão no fornecimento foi precedida de notificações formais e contatos com o órgão”, informou a Coelba, por meio de nota. O estudante de Arquitetura Danilo Fernandes, 25 anos, que mora na R2, contou que técnicos da Coelba chegaram pela manhã com uma notificação. 

“A gente perguntou ao rapaz (da Coelba) e ele disse que não sabia (o motivo), mas que o aviso era de uma falha técnica na rede. Mais tarde, a gente comunicou à Ufba e eles resolveram”, disse. Segundo ele, o fornecimento de energia voltou antes de 12h. 

A Ufba foi procurada, mas não informou se pagou o débito com a Coelba ou de quanto era a dívida com a concessionária. Procurado, o reitor João Carlos Salles disse apenas que “o problema foi solucionado” e pediu que o CORREIO procurasse a Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai).
O superintendente Fábio Macedo Velame não foi localizado. O débito com a Coelba não é o único acumulado pela Ufba. De acordo com estudantes, a bolsa de pesquisa paga aos alunos e o auxílio alimentação estão atrasados. 

“As bolsas já estão atrasadas há mais de 15 dias e eles não têm previsão de quando vão pagar”, contou Yuri Amorim, 26, aluno de Odontologia. O estudante de Direito Leandro Luz, 22, mora na residência R5, na Avenida Garibaldi, e disse que o auxílio de R$ 150 depositado mensalmente está atrasado. 

“Estamos sem receber desde o dia 1º e tem gente que depende exclusivamente dessa grana para comer. A Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (Proae) não dá espaço para diálogo”. A Proae foi procurada, mas a pró-reitora, Cassia Virgínia Bastos Maciel, não foi localizada.

 

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