Segundo o Ipac, a residência, na Rua Barão do Desterro, na Baixa dos Sapateiros, não atende aos critérios para o tombamento
Foi negado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e
Cultural da Bahia (Ipac) o processo de tombamento da casa que foi do
guerrilheiro Carlos Marighella, baiano que ganhou projeção internacional
por causa do combate aos regimes ditatoriais brasileiros. Na decisão,
do dia 1º deste mês, o Ipac justifica a medida afirmando que a
residência, na Rua Barão do Desterro, na Baixa dos Sapateiros, não
atende aos critérios para o tombamento.
“Este instrumento de proteção não seria o mais adequado aos referidos
imóveis, haja vista o número de intervenções que as edificações sofreram
ao longo dos anos, perdendo sua autenticidade e seus elementos
compositivos”, diz trecho do documento.
O pedido do tombamento foi feito pelo arquiteto
Marcelo Ferraz. “Foi uma visão mesquinha do patrimônio. Uma coisa é você
ter uma ruína e outra coisa é ter um centro de estudos, por exemplo”,
comentou Ferraz.
O arquiteto não pretende buscar um novo recurso, mas
a família deve procurar o governador Jaques Wagner, para pedir revisão
da decisão. “Marighella não pode ser um herói ‘alternativo’. Tem que ser
um herói lembrado. Ele era deslumbrado com a Bahia, ele foi uma pessoa
que se projetou como baiano”, afirmou Carlos Marighella Filho.
Procurado, o Ipac informou que a direção do órgão não estava disponível
para entrevista.
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