22 de março de 2014

Marchas em São Paulo reúnem 1,8 mil e terminam com quatro detidos

SÃO PAULO - Duas marchas tomaram as ruas da capital paulista na tarde deste sábado. As passeatas começaram por volta das 16 horas e terminaram com quatro pessoas detidas e situações de confronto. A Marcha da Família, uma tentativa de reeditar o movimento que reuniu meio milhão de pessoas em 1964, partiu da Praça da República em direção à Sé. Já a Marcha Antifascista, uma resposta ao movimento de direita, saiu da Sé em direção ao antigo prédio do Dops, na Luz.

Marcha da Família reúne mil pessoas em São Paulo - Alex Silva/Estadão

Alex Silva/Estadão
Marcha da Família reúne mil pessoas em São Paulo
Com bandeiras do Brasil, os integrantes da Marcha da Família gritavam contra o PT e o governo Dilma. Faixas pediam a intervenção militar no País e acusavam o atual governo de comunista. De acordo com a Polícia Militar, o movimento reuniu cerca de mil pessoas por volta das 18 horas.

Com 800 manifestantes, a Marcha Antifascista teve a participação do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que falou aos manifestantes concentrados na Praça da Sé. Do alto do carro de som, Suplicy citou o discurso de Martin Luther King e cantou um trecho da música Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, de Geraldo Vandré. O senador foi acompanhado e aplaudido pelos manifestantes. "Pela democracia!", encerrou o político. Uma mulher, que levava a bandeira do Brasil e supostamente foi para a manifestação errada, foi hostilizada e levada pela polícia.

Os manifestantes pararam em frente à antiga sede do Dops, hoje Memorial da Resistência, no Largo General Ozório. Eles fizeram um minuto de silêncio em homenagem a todos que foram mortos e torturados durante a ditadura.


Confrontos. De acordo com a Polícia Militar, houve tumulto entre black blocs e punks durante a manifestação, na Praça da Sé. Um casal foi detido com spray utilizado para pichações. Um homossexual foi agredido durante os protestos e o agressor acabou detido pela PM. De acordo com a corporação, um militar ficou ferido no braço por lâmpada fluorescente ao tentar defendê-lo.

Também na Sé, uma mulher contrária à ideologia da Marcha da Família provocou os manifestantes tentando pichar uma das faixas que levavam. Um grupo de pessoas saiu em direção à mulher, que correu. Segundo a Polícia Militar, ela entrou dentro de uma farmácia para se proteger. A fim de evitar agressões, a PM interveio e deteve um dos que se envolveram na confusão.

Marchas pelo País. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada no centro do Rio de Janeiro neste sábado, 22, teve momentos de tensão e quase confronto físico entre militantes de direita e de esquerda. Policiais militares fizeram um cordão de isolamento entre as duas manifestações, mas houve um momento em que integrantes dos dois lados furaram o bloqueio. Houve corre-corre, e a polícia acabou forçando os manifestantes de esquerda a se afastar do local. Após a confusão, os grupos permaneceram na região, mas afastados e com uma "fronteira" formada por PMs que impediam confrontos.

No Recife, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade teve a adesão de 25 pessoas e optou por não fazer caminhada pelas ruas da capital pernambucana. Em Fortaleza, cerca de 50 pessoas participaram do ato. Em Manaus, a Marcha da Família reuniu 30 manifestantes. Não houve tumultos em Brasília, onde a chuva forte "desanimou" a marcha.

 O Estado de S. Paulo

HISTÓRIA: Saiba mais sobre a origem da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, passeata conservadora de Direita (Fonte: Wikipedia)

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