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| Foto: Cassiano Falção/ O Sistema é Bruto |
A defesa da médica Kátia Vargas, 45 anos, que se envolveu no acidente que resultou na morte dos irmãos Emanuel, 21, e Emanuelle Gomes, 23, foi apresentada ontem à Justiça. O advogado da médica, Sérgio Habib, argumenta que é inconclusivo o laudo da perícia das câmeras de segurança que registraram o momento do acidente, que aconteceu no mês passado, em Ondina. “Estão supondo que o carro bateu na moto, mas as imagens não dizem isso, nem o laudo”.
No entanto, para o promotor Davi Gallo, do Ministério Público do Estado (MP), as afirmações de Habib são “infundadas”. Ontem, tanto Gallo quanto o promotor Nivaldo Aquino voltaram a ser designados para o caso. “O laudo não diz que não houve colisão, mas que não é possível determinar o exato momento da colisão”, afirmou Gallo, que trabalhará com o promotor Cássio Melo, da 1ª Vara Criminal.
Davi Gallo e Nivaldo Aquino acompanharam o inquérito policial, mas a denúncia do MP à Justiça foi formalizada pela promotora Armênia Santos, escolhida por sorteio. Quando o caso chegou à 1ª Vara, passou para as mãos de Melo. A médica Kátia Vargas foi denunciada por duplo homicídio triplamente qualificado.
Na denúncia do MP, constam dois qualificadores do crime: perigo comum e impossibilidade de defesa. “Ela não foi indiciada por motivo torpe (intenção de vingança). Esse foi o entendimento da promotora Armênia, mas eu entendo que há esse qualificador”.
Nos próximos 30 dias, deve ser feita a reconstituição do acidente. “Mas se não der tempo, a gente desiste. Não é fundamental”, disse Gallo. Já o pedido de habeas-corpus de Kátia Vargas deve ser julgado na quinta-feira, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado (TJ). A oftalmologista está presa no Conjunto Penal Feminino desde o dia 17 de outubro.

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