Investigação faz parte de uma ação do MP. BBom e Telexfree tiveram bens bloqueados na Justiça
Naiara Infante Bertão
Além da BBom e da Telexfree,
empresas acusadas de prática de crime financeiro, outras onze
companhias estão sendo investigadas pelo mesmo crime, que envolve a
criação de pirâmide financeira. A ação faz parte de uma força-tarefa de
promotores e procuradores do Ministério Público de diversos estados
brasileiros para desmembrar esse tipo de atividade ilegal, entre eles
Goiás, Espírito Santo, Acre, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Ceará e
Pernambuco.Ao todo são treze empresas envolvidas em denúncias de irregularidades, de acordo com o promotor Hélio Telho, do Ministério Público Federal de Goiás - eram nove até a semana passada, quando o MP gaúcho começou a investigar as empresas Nnex, Multiclick, Priples e Cidiz. Telho não quis revelar os novos nomes por se tratar de informação temporariamente sigilosa. "Os esforços são conjuntos porque a rapidez com que essas operações se propagam é absurdamente rápida, especialmente por causa das redes sociais", explicou o promotor. "Se comprovada essa prática em outras empresas, uma ação pública será ajuizada", afirmou Telho.
A BBom e a Telexfree já tiveram seus bens congelados durante a investigação. No caso da primeira, a inserção de novos integrantes na rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de fachada e nem mesmo os rastreadores eram homologados junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso da segunda, era comercializado um sistema de telefonia via internet, o VOIP (Voice Over Internet Protocol).
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