24 de julho de 2012

“Agora é Ela” vira febre em Serra Preta

A revolta popular ganhou força e o povo vestiu a camisa da mudança

Serra Preta pode ter a primeira mulher como prefeita
Valdison, comerciante do Ponto, declara apoio a Angélica
Campanha eleitoral é mesmo uma surpresa. Há um ano, todos pensavam que os candidatos a prefeito de Serra Preta seriam Adeil (PMDB), Antônio (PDT) e Zelito (PCdoB), embora a população clamasse por um nome novo. De lá pra cá, as composições variaram imensuravelmente. Nomes entraram no cenário, nomes saíram.

Angélica foi candidata na eleição de 2008, mas quase sem apoio. Zelito, que se candidatou a Deputado em 2010 e teve uma expressiva votação em Serra Preta, tinha tudo para conduzir o carro chefe da oposição em 2012. Porém, não conseguiu reunir a frente de oposição. Comendo pelas beiradas, surge o nome de Angélica, que já tem uma trajetória política em Serra Preta.

Angélica é uma junção entre o novo e a experiente política serrapretense.  Talvez, essa relação foi que fez seu nome decolar. Assim que a Angélica teve o nome homologado na convenção, seu nome ganhou terreno em todos os espaços de Serra Preta. Virou febre e deixou o prefeito, que concorre à reeleição, meio sem norte.

Adeil pensou que a negociação com Antônio Carneiro seria um xeque-mate na oposição. Mas o efeito foi ao contrário. Surpresa da política! A revolta popular ganhou força e o povo vestiu a camisa da resposta a práticas eleitorais de negociatas, dinheiro e poder. É comum ouvir do poder que “Adeil tem o dinheiro, mas não tem o povo e Angélica o povo, mas não tem o dinheiro”. O grupo do prefeito aposta da força do dinheiro para reverter à situação. Por outro lado, a arrogância de que o dinheiro conquista tudo tem desgastado mais ainda o prefeito.

Como diz Caetano Veloso, “a força da grana que constrói e destrói coisa bela” levou Adeil ao poder e ao mesmo tempo arruinou seu reinado. Muitos se encostam ao governo de Adeil apenas para tirar proveito. A campanha se tornou artificial. 

Angélica, que nada tem haver com isso, segue avançando com o “Agora é Ela”, “a vez da mulher”, frases cunhadas pelo próprio marketing popular. Para quem andava arrogante, afirmando que seria candidato único ou que teria uma frente exagerada, encontra-se no elo perdido, no mato sem cachorro e corre o risco de queimar milhões com propaganda e passar a faixa, pela primeira vez, para uma mulher.

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