Nem todo Senzaleiro é escravo!

FOTOS: Victor e Filipe exibindo o feito da Banda, em 2002, no Fórum Social Mundial em Porto Alegre; em seguida, os fãs da Banda Senzala orgulhosos com a camiseta oficial do grupo.

Há 10 anos surgiu a Banda Senzala. Fruto da convivência e das habilidades particulares de seus membros, a Banda Senzala surgiu na Residência Universitária da UFBA, mais precisamente na chamada R2, que fica no Largo Da Vitória, 66, em Salvador – Bahia, através de alguns universitários baianos.

O líder da Banda é o meu grande amigo Victor Paulo Das Neves (reconhecimento em público, que ódio!), formado em Contabilidade, mas com formação autodidata para a arte, música, composições, publicidade e piadas com gosto. Os outros componentes não ficam devendo nada a nenhum talento da musicalidade baiana. Filipe Leão (guitarrista, compositor e vocal); Mário Ângelo (Baterista e compositor); Kfé e Ricardo (percussionistas).

A Banda também conta com uma legião de fãs com destaque para os moradores e ex da Residência da UFBA. Os mais próximos foram agraciados com canções que retratam a sua história de vida. O grande sucesso foi à canção “Cadê o Ninja”, dedicado ao Farmacêutico Josiel de Baixa Grande. O Auditor da Receita Federal, Hudson Sampaio, também foi prestigiado pela Banda Senzala com sua canção “Menino Hudson”. Já o fã que menos compra os produtos da Organização Senzala, Etevaldo, atualmente Analista do TRT em Alagoas, foi homenageado com a canção “Sociedade Falida” - sem contar que cada componente da Banda possui sua canção pessoal.

Não tenho dúvida que a Banda Senzala pode se tornar um fenômeno de vendas e sucesso na Bahia. Tudo depende de tempo, organização e interesse dos seus membros. Quem tocou para 192 países tem tudo para conquistar um simples Estado da Federação brasileira.