Em 2018 - levantamento
mais recente até então -, a capital baiana já havia caído de 9ª para 10ª
economia do Brasil e deixado o posto, pela primeira vez desde o início da série
histórica, de município de maior PIB da região Nordeste, sendo ultrapassada por
Fortaleza nos dois rankings.
Em 2019, Salvador
somou um Produto Interno Bruto de R$ 63.804 bilhões, ante R$ 63.535 bilhões do
ano anterior. Já a capital cearense, saiu de R$ 66.381 bilhões para R$ 67.413
bilhões.
Localmente, o
resultado da capital baiana, proporcionalmente, também foi negativo. A cidade
foi a que mais perdeu importância no PIB baiano - uma queda de 0,44%. Na outra
ponta, Camaçari aumentou sua participação na economia estadual em 0,62%.
Os índices
desfavoráveis, de acordo com o coordenador de Contas Regionais da SEI, João
Paulo Caetano, foram puxados, principalmente, por quedas em três setores.
Na indústria, a
construção civil, sinaliza Caetano, foi atingida em cheio pela Operação Lava
Jato. De acordo com ele, houve uma queda de 10% no setor, na Bahia, “afetando
diretamente a construção civil em Salvador”.
“Houve uma perda de
10% de empresas e igualmente de ocupações na construção civil. Na medida que a
construção teve uma produção negativa, outros setores foram afetados, como o de
extração de minerais, brita, vidro, areia, arenoso…Tudo isso depende da
construção civil. Na medida que a construção foi afetada, essas atividades
também foram impactadas. Do lado da indústria, esses foram os principais
fatores”, explica o especialista.
Já no setor de
serviços, segundo João Paulo Caetano, a queda foi puxada pelos ramos de
alojamento e alimentação, “setores muito associados ao turismo”.
De acordo com o
coordenador de Contas Regionais da SEI, Salvador responde por mais de 50% do
turismo baiano, que registrou retração no período. “Se eu tenho redução [do
turismo na Bahia], naturalmente, então, Salvador vai ser mais afetada”, explica.
Quedas menores também
contribuíram para o resultado ruim da capital baiana. “Outras atividades, como
comércio e o setor imobiliário, mas não foram tão significativas”, acrescenta
Caetano.
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