Houve uma leve melhora no índice de pessoas abaixo da linha da pobreza em relação a 2018, a segunda seguida. Em um ano, o número de pobres na Bahia caiu 5,3% e em Salvador 4,1%. O ano com menor patamar de pobreza tanto no estado quanto na capital foi 2014 - 37,5% da população do estado e 13,6% em Salvador.
A linha para considerar a pobreza monetária é de US$ 5,50 por dia em paridade de poder de compra (PPC). O IBGE utiliza esse critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, já que o Brasil não tem uma linha oficial para a classificação.
Em 2019, essa linha de pobreza correspondia a rendimento médio domiciliar per capita de R$ 428 em Salvador e na Bahia. Mais de 6 milhões de baianos viviam com menos do que isso, incluindo 611 mil soteropolitanos - 21,3% da população da capital.
Em todo Brasil, em 2019, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza (R$ 436), 24,7% da população.
No ano passado, 1,853 milhõs de pessoas viviam com menos que isso na Bahia em 2019, o que significa 12,5% da população. A redução foi de 3,2% em relação a 2018. Mesmo assim, a Bahia continuou com o maior número de extremante pobres do país, posto que ocupa desde ao início da série histórica, em 2012.
A proporção de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza na Bahia é praticamente o dobro do nacional. No Brasil como um todo, no ano passado, 6,5% da população (13,7 milhões de pessoas) viviam com renda domiciliar per capita inferior a R$ 151 (valor da linha nacional).
Em Salvador, o número de pessoas extremamente pobres teve aumento de 12,9%, passando de 124 mil para 140 mil. Com isso, Salvador subiu no ranking da pobreza extrema entre capitais, passando da 5ª para 4ª em números absolutos e da 14ª à 9ª em proporção de extremamente pobres na população (4,9). A lista proporcional é liderada por Boa Vista (8,6%), Manaus (8,3%) e Rio Branco (8%).
A restrição mais frequente para toda população baiana é no acesso simultâneo aos três serviços de saneamento (rede de água, esgoto e coleta de lixo), que atinge quase metade da população total (47,3%). Entre os pobres, a proporção dos que não têm acesso ao saneamento sobe para 63%.
A segunda restrição mais frequente é o acesso à educação, que em todo estado atinge 33,3% e entre os pobres chega a 36,4%.
A terceira restrição mais comum é o acesso à internet, que afeta 22,5% do povo baiano. Para as pessoas abaixo da linha de pobreza, 29,5% viviam em 2019 em domicílios sem nenhum tipo de acesso à rede.
Os casos mais frequentes são de ausência de documentação de comprovação da propriedade do imóvel (13,8% dos baianos e 7,4% dos soteropotalianos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do blog deixando sua mensagem, nome e localidade de onde escreve. Agradecemos.