Escadão Marielle Franco, em Pinheiros, Zona Oeste de SP, alvo de vandalismo nesta sexta-feira (30). Foto: Marina Pinhoni/G1 |
O escadão em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, localizado em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, e o monumento em homenagem ao guerrilheiro Carlos Marighella, nos Jardins, Zona Sul, amanheceram cobertos com tinta vermelha nesta sexta-feira (30).
No caso do escadão em
Pinheiros, além da tinta vermelha, foi também pichada a frase “Viva Borba
Gato”, em referência à estátua ao bandeirante que
foi alvo de incêndio no último sábado (24), na Zona Sul de São Paulo,
durante ato contra o genocídio de negros e indígenas no Brasil.
Ainda não se sabe quem
são os autores responsáveis pelos atos de depredação. Foi registrado um Boletim
de Ocorrência no 78º DP, nos Jardins, a respeito do ato no monumento a
Marighella. A Polícia Civil pediu a realização de perícia.
A reportagem do G1 esteve no escadão
Marielle Franco na tarde desta sexta (30), e constatou que as embalagens de
tinta vermelha usadas no ataque contra o mural da ex-vereadora ainda estavam no
local.
Marighella e Marielle
O monumento em memória a Carlos Marighella fica na Alameda Casa Blanca e foi instalado em 1999, durante ato que marcou os 30 anos do assassinato do líder da Ação Libertadora Nacional (ALN) pela ditadura militar. Marighella lutava contra o regime dos generais no Brasil e pregava a luta armada contra os militares.
A morte do guerrilheiro foi reconhecida como assassinato pela Comissão de Mortos e Desaparecidos da Câmara, em 1996, e durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a família de Marighella foi indenizada pelo Ministério da Justiça junto com a família de outros guerrilheiros: Carlos Lamarca e José Campos Barreto, o Zequinha, mortos em 1971 pelo governo militar.
A trajetória de Carlos Marighella inclusive virou filme, dirigido pelo ator Wagner Moura em 2019.
Marielle Franco era vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro. Em março de 2018, ela e o motorista Anderson Gomes foram executados no Estácio, na região central do Rio. Um ano depois, a polícia afirmou ter prendido os autores do crime, o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. Ainda não se sabe quem mandou matar a vereadora.
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