26 de maio de 2019

Em ato pró-governo, professora faz 'protesto solitário' contra corte na educação


 
Professor protesta contra corte de verbas para universidades
 em Copacabana em ato pró-governo
 Foto: Renan Rodrigues/Agência O Globo

Renan Rodrigues
A professora municipal Valéria Mattos, de 60 anos, decidiu enfrentar o olhar de reprovação e aproveitar o ato pró-governo Jair Bolsonaro para protestar contra o contra feito nas universidades. Sozinha, ela pede mais investimos na área. 

 — Votei no Bolsonaro porque queria uma mudança radical, mas sou contra essa medida. Precisamos de mais livros e menos armas. O povo está com fome, está desempregado — diz Valéria Mattos. 

A professora decidiu enfrentar as caretas de reprovação da multidão para demonstrar a insatisfação contra o corte na educação, que, para ela, precisa de mais investimentos:
— Muita gente passa e faz careta para mim. Estou sozinha. Jamais podia esperar que ele (Bolsonaro) fizesse um corte na educação, na pesquisa. O Brasil é referência em pesquisa. 

No Rio, o ato começou às 9h na Orla de Copacabana . Um boneco de 3,5 metros de altura em alusão ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi levado elos manifestantes. O boneco tinha uma camisa em que, na parte de trás, vinha escrito "Judas".

As manifestações contra cortes de recursos para universidades aconteceram após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ter anunciado, inicialmente, um contingenciamento a três instituições: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", ele falou que instituições que promovessem "balbúrdia" teriam recursos contingenciados. Depois os cortes foram estendidos a todas as universidades.

Informações: O Globo

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