17 de fevereiro de 2017

Estudante da Ufba denuncia machismo em módulos de cursinho de Medicina


Um material de estudo para futuros residentes de Medicina que diz que uma mulher “de muitos atributos é disputada pelos gringos”. Na página seguinte, o livro afirma que outra jovem tem um corrimento vaginal com odor de “peixe podre” que faz com que ela não consiga “segurar nenhum namorado”. Depois, uma mulher aparece vestida em trajes sensuais, numa espécie de fantasia de diabinha – com uma crítica implícita a alguém que, depois de ser traída em um relacionamento abusivo, decidiu que viveria com mais liberdade. Tudo para que, ao final, o estudante responda qual é a sua hipótese diante do quadro clínico das supostas pacientes.
O material em questão é do cursinho preparatório para residência médica Medgrupo, que está presente em todos os estados do Brasil. Só na Bahia, há unidades em seis cidades: além de Salvador, há cursinhos em Feira de Santana, Guanambi, Itabuna, Irecê e Vitória da Conquista. Esta semana, imagens dos módulos causaram revolta e polêmica nas redes sociais depois que uma estudante de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) fez uma postagem na internet criticando a forma como o conteúdo foi abordado, com uso de ilustrações e comentários machistas. 


A estudante postou o print da resposta que recebeu do Medgrupo
(Foto: Reprodução)

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