A família do serralheiro Fábio Ezequiel Morais, de 35 anos, filmou o salto de bungee jump que o matou, no último domingo. Nas imagens, é possível ver Fábio de pé na mureta da linha férrea na cidade de Mairinque, no interior de São Paulo, pronto para pular. Após o salto, o homem bate no solo e cai sobre o colchão inflável. A corda usada era maior que a altura e não funcionou como ioiô, projetando o corpo de volta para cima.
Logo após o choque é possível ouvir o desespero de familiares da vítima. Eu falei que ia dar merda", diz o irmão, David Fabiano Moraes. "Ah, não acredito, gente. O que que aconteceu?", pergunta a mulher de Fábio. Ele chegou a ser socorrido para o pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Civil, familiares disseram que Moraes contratou uma equipe especializada em esportes radicais para acompanhar o salto. A mulher da vítima, Michele Morais, 34, afirmou que o cabo usado pela empresa contratada era maior do que a distância entre a ponte e o chão. "Na hora que ele se jogou, já caiu no chão direto. Ele não foi puxado para cima de novo. Até existe um colchão, mas ele caiu fora dele", disse ela à Folha de S. Paulo.
O corpo passou por autópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e foi liberado para o sepultamento, em Valinhos, onde a vítima residia. Segundo familiares, Moraes iria saltar com o filho, mas desistiu momentos antes do salto e pulou sozinho.
A Polícia Civil de Mairinque abriu inquérito para apurar a morte. Os equipamentos e um colchão inflável que estava próximo do local da queda foram recolhidos para perícia. Os familiares da vítima e integrantes da equipe que estava no local serão ouvidos. Os pontilhões da linha férrea são procurados por esportistas radicais, mas a prática de bungee jump nesses locais não é recomendada.
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