MUITO O QUE FAZER: As esposas dos candidatos eleitos tiveram papéis importantes na campanha e podem contribuir no apoderamento das mulheres. |
Não se discute que a derrota
da oligarquia montada em Serra Preta foi o diferencial. É um feito para se
comemorar dezenove dias mesmo! Mas quero aqui chamar à atenção para uma
situação em Serra Preta que reflete em todo o Brasil: a participação das
mulheres no poder.
Segundo o jornal sulista,
Folha de São Paulo, o número de eleitas este ano caiu e mulheres perdem
representatividade. Para o IBGE, as mulheres representam 51% da população
brasileira, mas este índice ainda não reflete na gestão do Estado.
Este ano, Segundo a Folha, “o índice de mulheres eleitas em relação às que
disputaram, portanto, caiu de 32,6% há quatro anos para 31,3% agora”.
Serra Preta contribuiu para esta queda. Nenhuma mulher foi eleita em Serra
Preta. Das 11 cadeiras da Câmara de Vereadores, nenhuma será representada por
mulheres.
A Folha
alerta que “parte das mulheres são inscritas pelos
partidos apenas para cumprir no papel a cota legal de 30%, mas seus nomes acabam não indo às urnas”. Em Serra
Preta, 09 mulheres ocupam as últimas colocações na disputa pelo Legislativo,
quase todas com zero voto.
Numa visão mais crítica, a historiadora Mary Del Priore, autora de obras como ‘História das Mulheres no Brasil’,
as mulheres
brasileiras do último século conquistaram o direito de votar, tomar
anticoncepcionais, usar biquíni e a independência profissional. Mas ainda hoje
são vítimas de seu próprio machismo.
De fato, em Serra Preta muitas mulheres que passaram pelo poder não
construíram compromissos com a bandeira de gênero. Como estamos em tempos de
mudanças em Serra Preta, este tema precisa ganhar força e empoderar novas
lideranças, que abracem as lutas históricas das mulheres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do blog deixando sua mensagem, nome e localidade de onde escreve. Agradecemos.