4 de outubro de 2016

Serra Preta não elegeu mulheres

MUITO O QUE FAZER: As esposas dos candidatos eleitos tiveram papéis importantes na campanha e podem contribuir no apoderamento das mulheres.
Não se discute que a derrota da oligarquia montada em Serra Preta foi o diferencial. É um feito para se comemorar dezenove dias mesmo! Mas quero aqui chamar à atenção para uma situação em Serra Preta que reflete em todo o Brasil: a participação das mulheres no poder.

Segundo o jornal sulista, Folha de São Paulo, o número de eleitas este ano caiu e mulheres perdem representatividade. Para o IBGE, as mulheres representam 51% da população brasileira, mas este índice ainda não reflete na gestão do Estado.

Este ano, Segundo a Folha, “o índice de mulheres eleitas em relação às que disputaram, portanto, caiu de 32,6% há quatro anos para 31,3% agora”. Serra Preta contribuiu para esta queda. Nenhuma mulher foi eleita em Serra Preta. Das 11 cadeiras da Câmara de Vereadores, nenhuma será representada por mulheres.

A Folha alerta que “parte das mulheres são inscritas pelos partidos apenas para cumprir no papel a cota legal de 30%, mas seus nomes acabam não indo às urnas”. Em Serra Preta, 09 mulheres ocupam as últimas colocações na disputa pelo Legislativo, quase todas com zero voto.

Numa visão mais crítica, a historiadora Mary Del Priore, autora de obras como História das Mulheres no Brasil’, as mulheres brasileiras do último século conquistaram o direito de votar, tomar anticoncepcionais, usar biquíni e a independência profissional. Mas ainda hoje são vítimas de seu próprio machismo.

De fato, em Serra Preta muitas mulheres que passaram pelo poder não construíram compromissos com a bandeira de gênero. Como estamos em tempos de mudanças em Serra Preta, este tema precisa ganhar força e empoderar novas lideranças, que abracem as lutas históricas das mulheres. 

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