A presença da Polícia Militar garantiu a sessão. Foto: Facebook de Neto Amaral |
O povo tentou, mas não
impediu que a Câmara de Vereadores de Serra Preta autorizasse a realização de
concurso público no final da gestão e o aumento de salário para prefeito,
vice-prefeito, vereadores e secretários municipais nesta sexta-feira (21). Desde a última sessão, sexta-feira (14), que
muitos moradores de Serra Preta, 145 km de Salvador, tentam obstruir o trabalho
legislativo por entender que as medidas vão trazer duras consequências para o
município.
Segundo os manifestantes, as
medidas têm objetivos claros em dificultar a administração do novo prefeito
Aldinho, que derrotou um grupo político que controla politicamente Serra Preta por 16 anos
ininterruptos e exerce forte influência desde 1982. Os manifestantes acreditam
que se trata de um verdadeiro 'golpe' na população, já que o município conta com
pouca receita e necessita urgentemente de investimento estrutural.
O vereador Sérgio Moreira
(PT) postou nas redes sociais que os projetos são absurdos. Classificou o
concurso de ilegal e afirmou que os aumentos salariais são incompatíveis com a
realidade da população e a receita pública de Serra Preta. Citou que o prefeito
e vice-prefeito terão seus subsídios corrigidos de R$ 12.000 e R$ 6.000 para R$
20.000 e R$ 10.000, respectivamente. Os salários dos secretários municipais
também foram corrigidos de R$ 4.000 para R$ 7.200 reais. Moreira não citou, mas
o subsídio de vereadores também saltou para mais de R$ 7.000.
Vereador Sérgio Moreira (PT) utiliza a rede social para comentar medidas aprovadas |
Já o concurso público, outro
tema polêmico, não agradou os manifestantes. Muitos eram contra por não
confiar na lisura do certame em final de gestão. E parece que a proposta votada
foi pior do que os manifestantes imaginavam. A Câmara de Vereadores autorizou a
realização do concurso público apenas para quem possui nível superior. “O concurso aprovado hoje traiu o povo de
Serra Preta. Nós da oposição fomos contra. Observem que é um concurso apenas
para profissionais de nível superior. 85% da população de fora”, escreveu o
vereador Sérgio Moreira (PT) em seu facebook.
A proposta e a aprovação
partiram da bancada governista do prefeito Adeil Figueredo. Os vereadores de
oposição Sérgio Moreira, Magno Sousa e Mário Gonçalves foram contra, embora
todos conquistaram a reeleição. Diferente de outras sessões, a Câmara teve sua segurança reforçada pela Polícia Militar. Indignados, os manifestantes prometem
continuar mobilizados contra as medidas chamadas de “pouca vergonha”. O
vereador Sérgio Moreira garantiu que tomará as “medidas legais cabíveis” e
escreveu que a “população precisa reagir!”.
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