24 de julho de 2016

Crise afasta líderes e só dois do G20 estarão na abertura dos Jogos do Rio

Homem faz um selfie em frente ao símbolo das Olimpíadas em Copacabana.

crise política brasileira, a onda de ataques terroristas pelo mundo e campanhas eleitorais devem resultar em uma baixa presença de chefes de Estado e de Governo na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no próximo dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro.

Até a última sexta-feira, a duas semanas do início das Olimpíadas, o Palácio do Planalto tinha a confirmação de que 44 delegações seriam comandadas pelos presidentes ou primeiros-ministros dos países. Ao todo, 206 nações participam dos jogos, o primeiro na América do Sul. Na última edição do torneio, em 2012, em Londres, 95 autoridades nacionais estiveram na abertura do torneio. Em Pequim, em 2008, foram 86.

Um fator que tem pesado na decisão de presidentes virem ao Brasil, segundo diplomatas ouvidos pelo EL PAÍS, é a instabilidade gerada por um Governo interino. Atualmente, o país tem dois presidentes uma afastada, Dilma Rousseff, e um em exercício, Michel Temer. Como o impeachment dela só deve terminar de ser julgado por volta do dia 26 de agosto, após o fim dos Jogos, alguns chefes de Estado resolveram não comparecer ao torneio. Além disso, governos sul-americanos que eram identificados com a gestão petista também estão receosos de participar do evento para não enviar a mensagem de que reconhecem legitimidade na gestão Temer. Nesse grupo estão o Equador, a Bolívia e a Venezuela.

Uma consulta feita pela reportagem junto aos membros do G20 (o grupo dos 20 países mais ricos do mundo) resultou na confirmação de que apenas dois representantes do primeiro escalão de seus países, o presidente da França, François Hollande, e o governador-geral da Austrália, Peter Cosgrove. Parte dos outros deverão ser representados por ministros de Esportes, secretários de Estado ou membros dos comitês olímpicos.


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