O mágico me deixou mais velho do que eu sou (rs) |
Tive o prazer de conhecer, rapidamente, Eduardo Peres na Jornada
Pedagógica de Madre de Deus. Mágico e motivador empresarial, Peres fechou o
ciclo de palestra iniciada por José Pacheco e Maria Augusta, respectivamente.
Aos mestres pedagogos pedirei a licença de não mais escrever elogios, é como ‘chover
no molhado’. Refletirei rapidamente apenas nas palavras de alguém ‘fora’ da
nossa profissão.
Relevando a questão ideológica dos termos de mercado,
comparando aluno com cliente, o cara é uma figura excepcional. Talvez, a minha
admiração por mágica me faz ignorar expressões de relação de consumo adaptados
na palestra para a ocasião (que me perdoem os marxistas). Peres nos ensina através
no piscar de olho, do encanto da mágica. A diferença que nós professores
fazemos o truque e revelamos como se chegou ao encanto. Peres ficou nos
devendo! Da próxima vez queremos Mister M.
Porém, algumas lições Eduardo Peres nos deixa: a dinâmica na
transformação do mundo contemporâneo. Sem querer entrar na valoração, atualmente
percebe-se a fragilidade das relações, a concepção de família, a dinâmica
comunicativa, o controle das contas públicas, o consumo pelo consumo, a
informação mundial através de um clique, a vida curta das redes sociais, ou
seja, vivemos na penumbra do novo com velho numa velocidade jamais vista. O
mundo não é mais preto no branco, mas dependente da massa cinzenta de todos
sobre todos.
Entretanto, o que me incomoda é saber que a Escola como monopólio de
conhecimento, encastelada entre paredes, morreu. E o pior: não enterramos e perdemos tempo neste velório lento, que apenas nos faz sofrer. Sempre digo a verdade
brincando, mas temos que lecionar nos corredores da vida, quem ‘bagunçar’
estará de castigo na sala. Ninguém suporta mais APENAS a sala de aula, sendo
que as mentes brilhantes, que são matriculadas nestas instituições do século
XIX, chegam com um bilhão de projetos na cabeça, mas tolhidas apenas a alcançar
uma nota no boletim.
Por isso, não desejo matar sonho de ninguém. Sou professor, polidor de sonhos. Espero que as
palestras desenvolvidas na Jornada Pedagógica sejam respeitadas. Que os professores,
os gestores e os donos da caneta tenham a coragem de mudar de verdade, com o
objetivo de construir uma Educação na paciência do interessado e na velocidade
que mundo moderno precisa. Caso contrário, a espada mágica não perdoará o
pescoço do professor (rs)!
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