21 de janeiro de 2014

TELEVISÃO: Serra Pelada se transforma em minissérie

  • Longa foi dividido em uma minissérie de quatro capítulos, que tem início a partir desta terça
Para o espectador que não assistiu ao filme Serra Pelada e até para quem o viu nos cinemas -, a transformação do longa em minissérie de quatro capítulos, a partir desta terça-feira, 21, poderá produzir um choque. Imagine o telespectador médio, aquele que assiste a Amor à Vida e, na sequência, ao BBB. Félix, muito provavelmente, estará advertindo seu carneirinho contra as más intenções de Amarilys, Aline vai tentar se livrar de César e do amante, interpretado pelo mesmo Juliano Cazarré que estrela Serra Pelada - A Saga do Ouro.

Nenhum espectador que se ligue nas histórias dos gays de Walcyr Carrasco estará preparado para as ‘marias’ do garimpo de Heitor Dhalia. São tinhosas. E a remontagem para a televisão puxa logo para o primeiro episódio, no segundo bloco, o impactante episódio de Wagner Moura no boteco. Prepare-se.

Embora seja muito bom, Serra Pelada não correspondeu, nos cinemas, à expectativa. Com custo de R$ 12 milhões, o longa era um projeto grandioso, que Dhalia executou com paixão, mas o público rejeitou. Com 450 mil espectadores, não foi um fiasco e seria uma plateia honrosa para um filme médio. Mas era um filme grande. José Alvarenga garante que agora Dhalia vai à forra. Mesmo que não atinja os picos de 40 pontos de audiência de Amores Roubados, na semana passada, o público de Serra Pelada - A Saga do Ouro - pela emissora, a Globo, pelo horário - será de milhões.

Alvarenga foi parceiro de Dhalia desde a primeira hora, quando ele lhe apresentou o projeto de Serra Pelada. Contribuiu para que a Globo Filmes embarcasse na aventura. Já desde aquela época, havia o compromisso de transformar o longa em minissérie, o que ocorre agora. Alvarenga acompanhou a montagem do longa na versão para cinema, palpitando com Dhalia. Ele agora fez a montagem para televisão, e com Dhalia. A parceria não é só profissional. Virou uma grande amizade, produto de admiração mútua. Os dois gravam uma série - o drama criminal O Caçador, com Cauã Reymond -, que com certeza vai dar o que falar, quando for ao ar, em abril.

"Heitor fez um trabalho muito bacana no Serra. Tinha muito material e um controle grande sobre ele. Sua montagem foi enxuta. O que fizemos agora foi deixar esse material respirar. O filme ganhou mais cenas, coisas que haviam ficado fora da montagem. Mas o grande desafio é que, além de distender as cenas, tínhamos de trabalhar criando ganchos - para o próximo bloco, o próximo capítulo", explica Alvarenga. E acrescenta. "O foco continua na relação entre os personagem do Juliano (Cazarré) e do Júlio (Andrade), e entre eles e o garimpo. Só para citar um exemplo. Joaquim, o personagem de Andrade, vive advertindo o Juliano que o garimpo piora as pessoas. E o Juliano, depois de matar pela primeira vez, diz que gostou. A frase estava no filme, mas na TV tem uma pausa, a cena é distendida e o efeito é mais forte. Não é a mesma coisa do cinema."



A Tarde
 

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