16 de janeiro de 2014

Festa do Bonfim reúne diversidade religiosa e cultural

  • Fiéis lotam avenida no bairro dos Mares
A mistura de religiosidade, manifestações populares, música e fé deu o tom à Lavagem do Bonfim, que completou 260 anos nesta quinta-feira, 16. Logo no início da manhã, inúmeros fieis já aguardavam pela celebração ecumênica realizada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, que contou com a participação de representantes da Federação Espírita da Bahia, Igreja Batista, Federação do Culto Afro Brasileiro, Hinduísmo e Organização Brahma Kumaris, além da apresentação do coral da Basílica.

O cortejo rumo à Colina Sagrada foi aberto pelo tradicional grupo de 50 baianas vestidas a caráter, seguidas pelas outras 45 entidades cadastradas e por blocos independentes que aderiram ao desfile durante o trajeto. Se o início do desfile foi marcado por protestos das baianas, a chegada à Igreja do Bonfim foi marcada pela valorização da importância destas personagens para a celebração.

Diversas autoridades e representantes do poder público também prestigiaram a festa, entre eles o prefeito ACM Neto e a vice-prefeita Célia Sacramento, o governador Jaques Wagner, a ministra da Cultura Marta Suplicy, o vice-governador Otto Alencar e o pré-candidato à sucessão do governo e chefe da Casa Civil da Bahia, Rui Costa.

"Creio que esta é uma das maiores festas do Brasil, ainda mais agora que foi reconhecida como Patrimônio Imaterial. Vim pedir energia, proteção e esperança, para que a gente possa caminhar em 2014 e fazer um ano melhor para os baianos. Essa é a força da fé, que movimenta tanta gente assim", afirmou Wagner, que abandonou o percurso no Mercado Modelo e retornou na Vila Militar, quando andou até à Igreja.

A festa também teve espaço para as manifestações populares, como o Movimento Passe Livre Salvador (MPL) que aproveitou a celebração para reivindicar a ampliação do período de validação do Bilhete Único de 2h para 4h, além de cobrar o posicionamento do governo em relação à redução de 7% na passagem de ônibus.

Mas não só de protestos se faz a Lavagem do Bonfim. Mesmo quem não é devoto prestigiou a tradicional caminhada de 8 km até a Colina Sagrada, com o acompanhamento de grupos de fanfarra e marchinhas, que animaram o desfile e auxiliaram os fieis a superarem o calor e o cansaço.

A Tarde

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