A mistura de religiosidade, manifestações populares, música e fé deu o
tom à Lavagem do Bonfim, que completou 260 anos nesta quinta-feira, 16.
Logo no início da manhã, inúmeros fieis já aguardavam pela celebração
ecumênica realizada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no
Comércio, que contou com a participação de representantes da Federação
Espírita da Bahia, Igreja Batista, Federação do Culto Afro Brasileiro,
Hinduísmo e Organização Brahma Kumaris, além da apresentação do coral da
Basílica.
O cortejo rumo à Colina Sagrada foi aberto pelo tradicional grupo de 50
baianas vestidas a caráter, seguidas pelas outras 45 entidades
cadastradas e por blocos independentes que aderiram ao desfile durante o
trajeto. Se o início do desfile foi marcado por protestos das baianas, a
chegada à Igreja do Bonfim foi marcada pela valorização da importância
destas personagens para a celebração.
Diversas autoridades e representantes do poder público também
prestigiaram a festa, entre eles o prefeito ACM Neto e a vice-prefeita
Célia Sacramento, o governador Jaques Wagner, a ministra da Cultura
Marta Suplicy, o vice-governador Otto Alencar e o pré-candidato à
sucessão do governo e chefe da Casa Civil da Bahia, Rui Costa.
"Creio que esta é uma das maiores festas do Brasil, ainda mais agora
que foi reconhecida como Patrimônio Imaterial. Vim pedir energia,
proteção e esperança, para que a gente possa caminhar em 2014 e fazer um
ano melhor para os baianos. Essa é a força da fé, que movimenta tanta
gente assim", afirmou Wagner, que abandonou o percurso no Mercado Modelo
e retornou na Vila Militar, quando andou até à Igreja.
A festa também teve espaço para as manifestações populares, como o
Movimento Passe Livre Salvador (MPL) que aproveitou a celebração para
reivindicar a ampliação do período de validação do Bilhete Único de 2h
para 4h, além de cobrar o posicionamento do governo em relação à redução
de 7% na passagem de ônibus.
Mas não só de protestos se faz a Lavagem do Bonfim. Mesmo quem não é
devoto prestigiou a tradicional caminhada de 8 km até a Colina Sagrada,
com o acompanhamento de grupos de fanfarra e marchinhas, que animaram o
desfile e auxiliaram os fieis a superarem o calor e o cansaço.
A Tarde

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