21 de agosto de 2013

Empossada comissão que vai investigar crimes da ditadura na Bahia

Sete membros, entre educadores, juristas e jornalistas, compõem a equipe. Objetivo é apoiar levantar violações de direitos humanos entre 1946 e 1988.
Membros da comissão foram empossados em solenidade no Salão de Atos da Governadoria, no Centro Administrativo
Os sete membros da Comissão Estadual da Verdade, grupo que vai apurar crimes ocorridos no período da ditadura na Bahia, foram empossados pelo governador Jaques Wagner, em evento no no Centro Administrativo, em Salvador, na terça-feira (20).

O objetivo da Comissão é apurar as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 em um apoio à Comissão Nacional da Verdade. Para isso, os membros devem fazer pesquisas em publicações, exemplares e entrevistas.

A Comissão está dividida em três áreas - comunicação, educação e jurídica -, sendo formada por Amabília Almeida, Antônio Walter Pinheiro, Carlos Navarro Filho, Dulce Tamara Lamego Silva e Aquino, Jackson Chaves de Azevedo, Joviniano Neto e Vera Leonelli (Mais abaixo, confira um breve perfil de cada um deles).

Jaques Wagner criou a Comissão por meio do decreto 14.227, de 2012, alterado em seguida em maio de 2013, pelo decreto 14.483.

Em nota, o governador afirma que a ação pode fortalecer o espírito de democracia, principalmente entre os mais jovens. “Não queremos revanchismo, não cabe isso. É preciso que se conheçam os fatos, e o que é inadmissível é a tortura, o crime de Estado. Creio que colocar o que efetivamente aconteceu pode nos ajudar a fortalecer a defesa da democracia no Brasil”, disse.

Abaixo, um perfil de cada membro da Comissão, fornecido pela Secretaria de Comunicação:

Amabília Almeida: Educadora que fundou e dirigiu a Escola Experimental, em Salvador, Bahia, em 1965. Em 2012, foi condecorada com a Medalha Anísio Teixeira na Câmara dos Vereadores, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em educação. Neste ano, recebeu do Senado Federal o Diploma Bertha Lutz, por sua luta em defesa dos direitos da mulher.

Antônio Walter Pinheiro: Bacharel em Ciências Econômicas, pós-graduado em microeconomia, análise de custos e técnica gerencial, possui curso de especialização em comunicação social. É presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e presidente do jornal Tribuna da Bahia.

Carlos Navarro Filho: Jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), durante 27 anos foi repórter, chefe de sucursal e diretor regional de O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Agência Estado no Nordeste. Repórter e editor-chefe do Jornal da Bahia, ele criou e editou revistas na Bahia, São Paulo e Brasília. Prestou consultorias ao Banco do Nordeste, Embrafilme e Fundação Padre Anchieta (SP).

Dulce Tamara Lamego Silva e Aquino: Pró-reitora de ações afirmativas e assistência estudantil da Universidade Federal da Bahia e doutora em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999). Desde a década de 60, como liderança estudantil na Ufba, é ativista nas lutas pelas políticas públicas em defesa da cidadania. Integra o Grupo de Pesquisa DC3 – Dança, Ciência, Comunicação e Cultura.

Jackson Chaves de Azevedo: Advogado, membro (aposentado) do Ministério Público da União, mestre em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 1997, e doutorando em direito público na Ufba, possui especialização em direito processual pela Universidade Federal da Bahia e em instituições jurídico-políticas. É membro da Academia de Letras Jurídicas da Bahia.

Joviniano Neto: Bacharel em direito e ciências sociais, doutor em comunicação e cultura contemporâneas, professor de ciência política (aposentado) e de direitos humanos no mestrado profissional em segurança pública, justiça e cidadania da Ufba, ele é presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/Bahia (GTNM/BA) e do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Tortura (Cepet).

Vera Leonelli: Bacharela em direito pela Universidade Federal da Bahia (1971), fundadora e coordenadora da ONG Juspopuli – Escritório de Direitos Humanos, recebeu, entre outros, o prêmio O Mundo Pede Paz e Justiça Social, oferecido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.

Fonte: G1

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