17 de maio de 2013

Apresentação do movimento Bahia da Torcida é marcada por emoção e esperança

"Bahia e alegria combinam com democracia. Esse time não pode ser patrimônio de uma família. Só tem um dono o Bahia: a torcida", disse Jaques Wagner

Apresentação do movimento Bahia da Torcida é marcada por emoção e esperança
Foto: Erick Issa/Metropress
Terminada às 20h desta sexta-feira (17), a apresentação do movimento Bahia da Torcida está, desde já, na história do futebol baiano. O evento, que reuniu personalidades e, sobretudo, torcedores tricolores, durou uma hora da mais pura emoção na Arena Fonte Nova. E sem a bola rolando em campo.

Os gritos da torcida e o hino do clube deram condução ao espetáculo, que começou com um discurso da primeira-dama do estado, Fátima Mendonça. "Chegou a hora de fazer valer nossa voz", disse. Em seguida, o publicitário Sidônio Palmeira, líder do projeto, contou um caso que, no seu entender, demonstra parte dos problemas do Bahia. "Uma vez me colocaram no Conselho [Deliberativo] sem saber. Depois, me disseram: 'Te tiraram do Conselho'. Eu nem sabia que estava no Conselho!", falou, antes de dizer que não aceitaria nenhuma negociação com a atual diretoria senão a alteração do estatuto do clube -- no que foi ovacionado pelos presentes.

O publicitário convidou, então, os ex-jogadores Bobô e Paulo Rodrigues a subirem ao palco. "A única coisa que está faltando a essa torcida é tirar a mordaça", disse Rodrigues. Bobô foi além. "O Bahia é vencedor, o que não é vencedora é essa diretoria. Devolvam nosso Bahia. Meu Bahia, minha porra", falou, em referência ao conhecido grito da torcida tricolor.

Foi a vez, então, da aparição de importantes políticos do estado da Bahia. O ex-presidente do clube e hoje secretário estadual de Relações Internacionais, Fernando Schmidt, exaltou a força do público. "Ninguém está aqui querendo se apropriar desse movimento. Está querendo participar do movimento e devolver ao Bahia a sua própria história", falou.

Após o discurso do secretário municipal de Turismo, Guilherme Bellintani, foi ao ar, num telão, o depoimento do governador Jaques Wagner. "Bahia e alegria combinam com democracia. Esse time não pode ser patrimônio de uma família. Só tem um dono o Bahia: a torcida", disse.

Na comprovação de que o movimento é apartidário, o prefeito de Salvador, ACM Neto, sucedeu Wagner também em declaração gravada. "Nosso Bahia, que é patrimônio dessa terra, precisa passar por mudanças imediatas. Não dá para ficar todo ano rezando pra não ser rebaixado. É preciso que a diretoria do Bahia tenha a sensibilidade de que, nesse momento, é fundamental o processo democrático", falou.

No fim da cerimônia, Sidônio prometeu que haverá uma grande campanha de filiação ao Bahia para que os torcedores elejam o próximo presidente. Em seguida, reiterou que um dos objetivos do movimento é promover a reforma do estatuto, para que o torcedor possa votar para presidente e Conselho Deliberativo.

Por fim, o publicitário disse que a desembargadora Maria do Socorro, que coordena o processo de intervenção do Bahia, vai decidir em dez dias o afastamento do presidente Marcelo Guimarães Filho e do Conselho. Se isso acontecer, deverá ser nomeado um interventor que conduzirá o processo de eleição de um novo presidente. "Nós vamos pressionar na Justiça e no movimento de massa", disse Sidônio.

O evento se encerrou com o hino do clube cantado por um emocionado Ricardo Chaves, que viu a torcida acompanhá-lo e erguer o Jornal da Metrópole desta sexta-feira enquanto entoava a canção-símbolo do Bahia.

* Com informações de Erick Issa
Fonte: Metrópole

Assista ao vídeo do depoimento do Governador da Bahia apoiando a torcida tricolor


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