27 de fevereiro de 2012

Pedro Simon rebate Zé Neto e defende PEC que estabelece ficha limpa na Bahia

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) rebateu o líder do governo na Assembleia Legislativa baiana, Zé Neto (PT), no debate sobre a adoção da ficha limpa no estado. Em entrevista ao jornalista Samuel Celestino no programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM 102.5, o parlamentar se posicionou de forma favorável à iniciativa do deputado estadual Elmar Nascimento (PR), que apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a regra seja adotada no caso de ocupantes de cargos de confiança nos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – na Bahia. “O líder da Bahia está equivocado. Onde está a proibição? Nada impede que a Assembleia da Bahia faça isso, para valer no estado”, afirmou Simon ao ser questionado sobre a justificativa de Zé Neto, que alegou não ser objeto de lei estadual tal matéria. 

O peemedebista destacou o caso do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que anunciou a intenção de adotar uma diretriz parecida em São Paulo. Ele ainda comparou a dificuldade encontrada por Elmar em aprovar a PEC na Bahia aos obstáculos enfrentados pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), que apresentou uma proposta no Congresso para a exigência de ficha limpa no preenchimento de cargos comissionados e funções de confiança. “É o ideal, porque, se botar na Constituição, vale para todo o Brasil. Ela vai tramitar, mas uma emenda dessas não é fácil. Vai ter muita gente para boicotar no Congresso”, pontuou. 

Simon ainda reiterou o seu pedido para que a presidente Dilma Rousseff assine um decreto para instituir a obrigação de ficha limpa também no Executivo, já que o Supremo Tribunal Federal julgou recentemente constitucional a adoção da norma para o Legislativo. “Desde que assumiu, a presidente tem dito que não nomeia gente de ficha suja. Mas, infelizmente, os partidos não têm credibilidade e pessoas que deveriam estar na cadeia são indicadas para ministros. Ela vai consagrar o seu governo se adotar a ficha limpa no poder Executivo”, opinou. A ideia foi encabeçada pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage.

Fonte: Bahia Notícia

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