7 de junho de 2011

Um dos Deputado mais votado da Bahia nega ter envolvimento com traficante


Em programa de Rádio, o Deputado nega qualquer envolvimento com a traficante
O deputado estadual Deraldo Damasceno (PSL), ex-delegado da 5ª Delegacia, em Periperi, nega que a traficante Maria Lúcia dos Santos Gomes, a Nem Gorda, tenha participado de sua campanha eleitoral. O parlamentar também assegura não ter tirado fotos com a criminosa – segundo ele, as imagens que aparecem juntos são montagens com fotos utilizadas em sua campanha. 

Em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5, Damasceno afirmou que, à época em que era delegado, tinha boa relação com a traficante, pois, apesar de ter recebido denúncias de sua ligação com o crime, nunca teve provas. “Eu nunca encontrei nada com ela. Ela era tida lá como uma líder comunitária, e quando alguém ligado a ela era preso, ela ia lá na delegacia e era bem recebida”, afirmou. 

O deputado recorda ter indiciado o marido de Nem Gorda, Alex Brito das Neves, o Grilinho, que era soldado do exército, por ter assassinado um rapaz por dívida. “Sou uma pessoa muito querida. Se disser que ela votou em mim, não é nenhuma surpresa e não é para mim nada que desabone a minha conduta”, considerou.

Deraldo Damasceno foi delegado em Serra Preta e era considerado rigoso pela população. Se envolveu em polêmicas, mas fez também amizades. Não é à toa que obteve mais de 40 votos com apenas uma presença durante a campanha. 

O senador Walter Pinheiro (PT) condenou a atitude do deputado estadual Deraldo Damasceno (PSL) – acusado de ter sequestrado urnas na eleição do Sindicato dos Rodoviários – que agrediu verbalmente dois repórteres que fizeram questionamentos sobre seu suposto envolvimento com a traficante de drogas Nem Gorda. 

Agressão: Pinheiro Condena atitude de Deraldo Damasceno

Em entrevista à Rádio Tudo FM, nesta sexta-feira (10), o petista defendeu o respeito ao trabalho dos jornalistas. “O repórter é um porta voz, ele não faz a denúncia. Acredito que o correto é associar a liberdade de expressão a questões de responsabilização. Se eu acho que uma reportagem me agride, eu posso pedir direito de resposta e até responsabilizar o repórter judicialmente, mas nunca agir de forma intolerante e agressiva”, argumentou. 

O senador enfatizou ainda que considera a liberdade de expressão uma grande responsável por permitir que os políticos ocupem os seus papéis e funções. “Eu defendo a liberdade de imprensa e a cooperação mútua, sempre com respeito entre as partes”, afirmou. Nesta sexta-feira (10), o presidente estadual do PSL, Antonio Oliveira Vasconcelos, pediu desculpas pela agressão verbal de Damasceno, acusado ainda de ter sequestrado urnas na eleição do Sindicato dos Rodoviários, em 2009.

FONTE: Bahia Notícias

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