10 de setembro de 2010

O grande negócio chamado Eleição


A campanha está a todo vapor pelos quatro cantos do País. Em Serra Preta, a disputa se acirrou. Se no passado apenas dois políticos representavam seus deputados e os súditos seguiam; agora, o processo está mais complexo.

Vereadores, Ex-Prefeitos, “lideranças” e até mesmo líder de rua têm seu próprio candidato a Deputado. Tudo parece que a democracia se radicalizou em Serra Preta, mas não é bem assim. Apoiar um candidato se tornou um comércio. Quem dar mais sempre acha um para apóia-lo.

Eu me assustei. Mas é comum ouvir de mercenário eleitoral que só recebeu 10 mil, 15 mil, 20 mil, um carro, um exame, um atendimento médico, uma passagem de ônibus... Um absurdo, que parece não ter fim. O pior é que a população titular do poder será a mais prejudicada, porém, paradoxalmente, apóia relativamente tal prática. Conversei com um Senhor no Distrito de Ponto, que não acreditou que a minha ação, distribuindo material do professor Zelito nas ruas era gratuita. Para ele a política está dividida entre os candidatos e eleitores, ou melhor, cliente! “Só voto em quem tem bala na agulha e me dá uma ponta” – definiu.

Acredito que a sociedade organizada precisa acelerar a cobrança na aprovação do financiamento público de campanha para os próximos pleitos e a Justiça Eleitoral avançar mais na fiscalização dos gastos eleitorais. Se não acontecer a igualdade de disputa entre os candidatos, a democracia será uma utopia ainda distante.

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