Mário Ângelo e Janaína Barreto com a coordenadora do festival de Forró Serra Preta, Andréa Pinheiro (centro). |
Mas o formato do Festival de
Serra Preta é mais modesto e também mais popular, onde artistas e públicos se
misturam - foi o que presenciamos na I edição, que aconteceu nos dias 1° e 2 de
dezembro de 2023. O Festival de Forró Serra Preta foi inspirado no Festival
da cidade baiana de Mucugê, organizado pelo forrozeiro Tragino Gondim.
Não há cobranças de ingressos,
os músicos famosos não recebem cachê e há uma série de atividades durante os dias
do evento. Essa é a estrutura básica dos dois festivais. Quem organiza tem a
responsabilidade de garantir a estrutura mínima do festival, que não é tão
barata. Palco, som, iluminação, segurança, alimentação, limpeza pública,
pessoal de apoio, transporte e publicidade são exigências básicas para que o
festival aconteça.
Em Mucugê, o festival chegou a
sua 5ª edição e cresce a cada ano. Já Serra Preta experimentou seu primeiro ano
de festival e sentiu muita dificuldade para promover. A limitação ficou por
conta da carência de recursos financeiros. O poder público municipal pouco
ajudou. O próprio prefeito não compareceu ao evento. A coordenadora do Festival
de Forró Serra Preta, Andrea Pinheiro, não soube explicar para nossa reportagem
a descrença do gestor, mesmo sendo aliada política.
“Qualquer gestor municipal
teria o maior prazer em recebem um festival desta natureza, já que o retorno
para o município é extraordinário”, avalia o historiador Mário Ângelo Barreto.
Em Serra Preta parece que o gestor não avaliou desta forma. O próprio
forrozeiro e promotor do evento, Jairo Barboza, chegou a postar um vídeo que
chamava a atenção do público. Segundo Barboza, a prefeitura não disponibilizou
recursos financeiro para o festival. Disse que o prefeito ficou de doar do
próprio bolso uma contribuição, o que foi insuficiente para o equilíbrio
financeiro do Festival de Serra Preta.
Targino Gondim, responsável pelo Festival de Mucugê, analisa o evento como um momento de oportunidades para diversos segmentos ligados ao forró. Foto Gabriel Carvalho |
O forrozeiro Adelmário Coelho
fez homenagens as crianças, quando se apresentou no segundo dia do Festival
Serra Preta. Quem circulou e interagiu entre o público, nos dois dias do Festival, foi o apresentador do Globo Esporte Bahia, Danilo Ribeiro. O
apresentador não ficou restrito a cidade de Serra Preta, não. Danilo visitou a
feira livre do Bravo, gravou samba de roda, inclusive ficou hospedado no
distrito, que é o maior centro urbano e comercial do município.
Apesar das limitações da primeira
edição do festival, o evento foi muito importante para Serra Preta. Foi o maior
encontro de músicos que o município já promoveu. Um sucesso! A dúvida que resta
é se os organizadores vão promover a segunda edição, já que o Festival deste
ano deixou um déficit orçamentário de quase 34 mil reais. Como o Brasil é um
país que investe pouco na cultura, o distanciamento do poder público
praticamente elimina a possibilidade de continuidade de qualquer festival
popular. Para 2024, a sorte é que a população comece a cobrar do gestor
prioridade no festival de forró. Caso aconteça os investimentos necessários, Serra Preta será uma das praças
garantidora da agenda dos forrozeiros de nível nacional.
Veja abaixo, um pedacinho da participação da famosa pernambucana Cristina Amaral. A cantora e compositora tem uma carreira de sucesso, inclusive com apresentação internacional.
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