Mário Ângelo Barreto avalia o momento político. Foto: arquivo do blog |
Todos sabem que elegemos Aldinho para superar o atraso
administrativo e o fim das relações políticas autoritárias, sustentadas nas
trocas de favores. Mas parece que não foi desta vez. Mesmo que pudéssemos
apontar alguma relativa melhora, o governo atual agoniza nos seus próprios
erros.
É nesses erros que o grupo mais conservador se articula para
tentar voltar a administrar Serra Preta. Esse grupo enquadrou o pré-candidato
Vando, que até agora parece acuado, esperando fato novo. Provavelmente, o
grupo, que tem Antonio Carneiro como um dos principais articuladores, andará na
unidade.
Mas a grande surpresa não se encontra no grupo dos
carneiristas. A chapa pré-lançada, nas redes sociais, ajuda até o governo de
Aldinho dar uma respirada. Aldinho pode ser favorecido com a frase popular que
mais ouvi: "ruim com Aldinho, pior sem ele". A chapa pré-lançada não
traz nada novo. Apenas mantém o grupo que foi derrotado na eleição passada.
A possibilidade de vitória eleitoral habitava na proposta de
organizar forças dos dois grupos - os
chamados pré-candidatos novos, com luz e independência própria. Mas temos que
concordar que a coesão do grupo derrotado na eleição passada trouxe dificuldade
para candidaturas alternativas e os carneiristas jogaram a responsabilidade do
xadrez eleitoral para os governistas.
Em qualquer município, em tese, quem está no controle da
máquina pública tem uma vantagem na articulação. Mas em Serra Preta parece ser
uma dificuldade atualmente. O gestor perde mais do que agrega. Tentou trocar o
grupo vitorioso pelo derrotado, e nem isso conseguiu. Governou sem ouvir a base
e perdeu apoio importante. Cedeu espaço para chantagem barata de figurões.
Nomeou secretário, que o povo nem sabe onde trabalha. Tentou se aproximar dos
vereadores de oposição e ganhou uma forte denúncia de nepotismo cruzado com o
município de Anguera.
Até mesmo a oposição nomeou eleitores para cargos em
detrimento de quem 'matava e morria' pelo gestor. Teve vereador de oposição,
que mandou o prefeito tomar naquele lugar, mas ainda assim tirou uma lasquinha
do governo. Foi muito erro político, que o governo chega no final da gestão sem
muita credibilidade. Poucos confiam, mas ainda tem fôlego, graça ao caixa gordo
para realizar obras no apagar das luzes.
O que fazer?
Na política não tem fórmula mágica. É preciso sempre
entender o movimento contínuo e tortuoso. O campo está aberto para todos. Mas
para nós só resta apontar as necessidades que o município precisa e aguardar o
entendimento do povo. Nossa pré-candidatura continua firme. Continuaremos no debate
popular, independente de resultado ou ser escolhido numa eventual convenção no
segundo semestre.
Não estamos interessados em unidade política para apenas
manter emprego de secretários e outros cargos. O que acreditávamos, ações
administrativas de qualidade, parece que o governo não consegue mais nos
oferecer. O tempo é cruel. Só o povo será capaz de dizer que tipo de município
ele deseja. Serra Preta precisa de muita reflexão e sabedoria neste momento. Acho que o chinelo na humildade fará bem a todos!
Mário Ângelo S. Barreto
Historiador e pré-candidato a prefeito de Serra Preta
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