Vítima de uma emboscada em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDA), no assentamento Esperança, em Anapu, no interior do Pará, a missionária americana Dorothy Stang, 73 anos, foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro de 2005.
Os executores foram Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, e Rayfran das Neves Sales, o Fogoió. Eles foram os pistoleiros contratados pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, vulgo Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão. Amair feijoli da Cunha, o Tato, também foi denunciado pelos criminosos como participante do covarde crime.
Ainda em 2005, os executores foram levados ao tribunal do júri e condenados pela morte da missionária. Naquela ocasião, Rayfran pegou 27 anos de prisão, Clodoaldo foi condenado a 17 anos. Os mandantes do crime só foram julgados nos anos seguintes. Amair, que teria contratado Eduardo e Fogoió, por R$ 50 mil, pegou 18 anos de prisão. Em 2010, ele foi para o regime domiciliar.
Bida e Taradão, julgados em 2007, foram condenados a 30 anos de prisão. Bida recorreu e no ano seguinte foi absolvido. A sentença só foi aplicada após o terceiro julgamento já no ano de 2010. Taradão, por sua vez, foi preso em 30 de abril de 2019, após o Supremo Tribunal Federal revogar o habeas corpus que garantia sua liberdade.
15 anos depois da morte da religiosa americana, o clima de impunidade neste caso paira no ar.
Executores e mandantes da morte de Dorothy
O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, vulgo Taradão, foi condenado a 30 anos de prisão pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém. Após recurso, a pena foi redimensionada para 25 anos de reclusão, conforme decisão julgada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 21 de maio de 2018, o ministro Marco Aurélio Melo concedeu liminar para que o réu fosse colocado em liberdade até o julgamento do mérito do habeas corpus no STF. E, após o julgamento do mérito, a ordem foi indeferida bem como revogada a liminar anteriormente deferida, tendo o apenado sido preso por força de mandado de prisão preventiva na data de 17/04/2019, e custodiado a Central de Triagem de Altamira. Atualmente encontra-se em prisão domiciliar desde 15/11/2019, para tratamento médico, no prazo de 60 dias.
O também fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura foi condenado a 30 anos de reclusão. Está em prisão domiciliar, por tratamento médico em Altamira.
O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de reclusão pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém e a 97 anos e 08 meses de reclusão pela 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, cumpre pena em regime fechado, atualmente custodiado no Centro de Recuperação do Coqueiro.
O segundo pistoleiro Clodoaldo Carlos Batista, condenado a 17 anos de reclusão, está em regime aberto.
Amair Feijoli da Cunha, condenado a 18 anos de reclusão, cumpre prisão domiciliar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do blog deixando sua mensagem, nome e localidade de onde escreve. Agradecemos.