17 de fevereiro de 2020

15 anos da morte da missionária Dorothy Stang


Vítima de uma emboscada em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDA), no assentamento Esperança, em Anapu, no interior do Pará, a missionária americana Dorothy Stang, 73 anos, foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro de 2005.

Os executores foram Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, e Rayfran das Neves Sales, o Fogoió. Eles foram os pistoleiros contratados pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, vulgo Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão. Amair feijoli da Cunha, o Tato, também foi denunciado pelos criminosos como participante do covarde crime. 

Ainda em 2005, os executores foram levados ao tribunal do júri e condenados pela morte da missionária. Naquela ocasião, Rayfran pegou 27 anos de prisão, Clodoaldo foi condenado a 17 anos. Os mandantes do crime só foram julgados nos anos seguintes. Amair, que teria contratado Eduardo e Fogoió, por R$ 50 mil, pegou 18 anos de prisão. Em 2010, ele foi para o regime domiciliar.

Bida e Taradão, julgados em 2007, foram condenados a 30 anos de prisão. Bida recorreu e no ano seguinte foi absolvido. A sentença só foi aplicada após o terceiro julgamento já no ano de 2010. Taradão, por sua vez, foi preso em 30 de abril de 2019, após o Supremo Tribunal Federal revogar o habeas corpus que garantia sua liberdade. 

15 anos depois da morte da religiosa americana, o clima de impunidade neste caso paira no ar. 

Executores e mandantes da morte de Dorothy

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, vulgo Taradão, foi condenado a 30 anos de prisão pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém. Após recurso, a pena foi redimensionada para 25 anos de reclusão, conforme decisão julgada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 21 de maio de 2018, o ministro Marco Aurélio Melo concedeu liminar para que o réu fosse colocado em liberdade até o julgamento do mérito do habeas corpus no STF. E, após o julgamento do mérito, a ordem foi indeferida bem como revogada a liminar anteriormente deferida, tendo o apenado sido preso por força de mandado de prisão preventiva na data de 17/04/2019, e custodiado a Central de Triagem de Altamira. Atualmente encontra-se em prisão domiciliar desde 15/11/2019, para tratamento médico, no prazo de 60 dias. 

O também fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura foi condenado a 30 anos de reclusão. Está em prisão domiciliar, por tratamento médico em Altamira. 

O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de reclusão pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém e a 97 anos e 08 meses de reclusão pela 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, cumpre pena em regime fechado, atualmente custodiado no Centro de Recuperação do Coqueiro. 

O segundo pistoleiro Clodoaldo Carlos Batista, condenado a 17 anos de reclusão, está em regime aberto.  

Amair Feijoli da Cunha, condenado a 18 anos de reclusão, cumpre prisão domiciliar.


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