Homenagens e reconhecimento por sua trajetória no esporte regional
Piaú sendo homenageado na final da Copa do Jacuípe em 2017 |
A morte de Jeovando Figueiredo
da Costa pegou de surpresa familiares e amigos no distrito de Bravo, município
de Serra Preta. Segundo informações, que circulam pelas redes sociais, Jeovando
sofreu um infarto fulminante na manhã desta terça-feira (23) em sua residência.
Jeovando era conhecido com Piaú. Poucos são os
conterrâneos que conhecem Piaú como Jeovando. Porém, com o nome de Piaú,
Jeovando Figueredo se tornou uma das personalidades populares do município de
Serra Preta, principalmente do Bravo onde morou por toda a sua vida.
O velório está acontecendo em sua residência. O
sepultamento ocorrerá na quarta-feira (24) às 9h no cemitério municipal Lar da
Saudade no distrito de Bravo.
Fama e carisma
Depois do atentado sofrido, Piaú passou a acompanhar o futebol nos estádios da região, mesmo sendo cadeirante |
Jeovando se tornou eterno ao abandonar o apelido de ‘Danhe’
e adotar o nome de Piaú. Na verdade, Piaú era mais que um nome, era a marca
de um jogador de futebol amador, que garantiu sua história anos 90. Talvez, a
falta de oportunidade não fez de Piaú um atleta profissional, mas não ficou devendo
nada a muitos jogadores de sua posição - lateral direito.
Piaú era jogador aguerrido, de velocidade e força
física. Sabia impor tanto seu futebol, quando sua pressão psicológica sobre os
adversários. Era um ‘jogador de pressão’ como ele mesmo falava. Mas também era
um gozador, um brincalhão quando o clima quente passava. Sabia como ninguém tirar sarna dos adversários quando estava por cima.
O futebol sempre foi seu maior lazer. ‘Jogava na
bola’, como se diz no interior. Jogou em diversos clubes de Serra Preta e
região, mas foi na Associação Comunitária Desportiva Bravolândia que Piaú se
destacou e ganhou fama. Era um dos principais atletas na conquista da Intercopa
em 1992, onde o Bravolândia se tornou campeão ao vencer o Vasco de Santo Antônio
de Jesus.
Piaú vai se eternizar como um cometa vermelho. Viveu
pouco, mas com intensidade. Um atentado a tiros o deixou numa cadeira de roda,
abreviando sua carreira de jogador, mas Piaú nunca abandonou o esporte. Passou
a incentivar o futebol como torcedor ativo e contribuía financeiramente com os
times amadores.
Viu a morte de frente, mas ressurgiu como
desportista e passou a exercer diversas atividades. Se tornou político, foi
candidato a vereador e era um dos maiores incentivadores do retorno da micareta
do Bravo. Piaú era conhecido também como 'chicleteiro'. Gostava de prestigiar a
Banda Chiclete com Banana, ouvindo som alto, em seu carro, ao lado do seu amado filho.
No final da Copa do Jacuípe em 2017, Piaú foi reconhecido
por sua atividade desportiva, sendo homenageado no Estádio José Oliveira Leite
na grande final entre Serra Preta e Pintadas. Mesmo cadeirante, a presença de
Piaú nos estádios era certa. O estádio municipal de Serra Preta era a sua
segunda casa, mas também era comum encontra-lo em estádios da região.
Jeovando Figueredo, que muitos passaram a conhecer
hoje, será mais um simples mortal que deixará saudades, mas Piaú será eterno e entrará para a história do município que sempre defendeu. Piaú deixa esposa e dois filhos.
Repercussão
A morte de Piaú correu as redes sociais rapidamente.
Muitos não acreditavam, pois, não se tinha notícia de doença e possuía, certamente,
menos de 50 anos. O presidente da Liga Desportiva de Serra Preta, Beto Alves,
postou uma foto do Bravolândia, campeão da Intercopa, com a frase “Eterno Piaú”.
O ex-presidente da Liga, Luciano Cruz, também lamentou a perda do ex-atleta.
Até o
fechamento da matéria, quase todos os clubes do município postaram homenagens.
O Bravolândia estampou uma nota de pesar no facebook, onde revela que Jeovando era
“uma pessoa muita querida e adorável, um grande pai de família, reconhecido e
respeitado por todos”.
Quem foi um
dos primeiros a lamentar o falecimento do desportista foi o prefeito municipal de Serra Preta, Rogério Serafim, em sua rede social. Segundo o prefeito, Jeovando era “um grande amigo, um desportista que fez parte da história
de Serra Preta, sempre atento as questões sociais. Sua partida vai deixar muita
saudade”.
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