“O Supremo Tribunal Federal foi acionado em novembro pela Rede Sustentabilidade para proibir o presidente de Jair Bolsonaro de atacar ou incentivar ataques verbais ou físicos à imprensa e aos profissionais da área. O partido pede que o Supremo fixe o pagamento de multa de R$ 100 mil por ataque. A Rede também pede que o STF determine à Presidência da República que elabore e apresente um plano de segurança para garantir a integridade dos profissionais que acompanham a rotina do presidente”, iniciou Maria Júlia.
“A ação foi apresentada após Bolsonaro tratar com hostilidade jornalistas brasileiros durante a viagem a Roma, na Itália. Seguranças que estavam perto do presidente agrediram quem tentou fazer perguntas. Entre eles, o repórter Leonardo Monteiro, da TV Globo. O ministro Dias Toffoli enviou a ação para ser julgada pelo plenário do STF”, continuou a apresentadora.
“A Advocacia-Geral da União já se manifestou no processo e defendeu a rejeição da ação por questões processuais. O governo afirma que não é possível atribuir a autoridades episódios de hostilidade ou intimidações contra a imprensa. O governo diz ainda que a postura crítica de Bolsonaro à imprensa não ultrapassa os limites da liberdade de expressão. O STF ainda aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República. O julgamento da ação ainda não tem data para ocorrer“, disse Poliana.
“As agressões deste domingo mostram que já passou da hora de a Procuradoria-Geral da República dar o seu parecer na ação que corre no Supremo, tendo como relator o ministro Dias Toffoli. A imprensa cumpre um direito escrito na Constituição, e deve ter a sua segurança garantida“, voltou a falar Maju.
Que completou: “As cenas bárbaras de hoje e aquelas ocorridas na Itália no dia 31 de outubro ensejam duas constatações. Se os seguranças agem por conta própria, a presidência deve ser responsabilizada por omissão. Se agem seguindo ordens superiores, a presidência deve ser responsabilizada por atentar contra a liberdade de imprensa e fomentar a violência contra jornalistas“.
“Além disso, é escandalosa a atitude da presidência de deixar jornalistas à própria sorte em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa. Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie”, pontuou Poliana.
“A Globo repudia as agressões aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da TV Bahia, e aos repórteres Xico Lopes e Dario Cerqueira, da TV Aratu, e se solidariza com eles”, concluiu a jornalista.
DENÚNCIA!
— Unidade Popular (@UP80BR) December 12, 2021
DURANTE VISITA DE BOLSONARO À BAHIA, REPÓRTERES DA GLOBO E DO SBT SÃO AGREDIDOS!
Toda nossa solidariedade aos profissionais agredidos, vítimas da violência promovida pelos discursos e políticas de ódio desse Governo Genocida. #FORABOLSONARO!pic.twitter.com/QazBsC5b0P
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