Edson Santana será o grande homenageado do encontro. Foto: Internet |
Os senzaleiros vão se reunir neste sábado (18) de carnaval em Salvador. Este ano, o encontro se tornará uma tradição de 25 anos. Liderado pelo Contador e Professor Victor Paulo das Neves, o grupo dos senzaleiros, também conhecidos como Banda Senzala, deu início em 1998 na Residência da Universidade Federal da Bahia - UFBA. O nome do grupo é uma referência ao quarto da residência onde morava parte dos integrantes. Cada quarto da Residência Universitária - UFBA recebia um nome de batismo extraoficial. "Senzala" era o quarto que o líder Victor Paulo morou durante sua graduação em Ciências Contábeis. Na verdade, a "Senzala" era mais do que um quarto, era um espaço de alta resenha, articulação política e visitada por quase todos residentes das Residências da UFBA de Salvador.
Este ano será bem diferente dos anos anteriores. Além do retorno, graças a vacina contra o convide-19, o grupo perdeu uma das maiores referências, que foi Edson Santana, o Kfé, que sofreu uma parada cardíaca, surpreendendo todo o grupo. "A partida do nosso amigo-irmão Kfé foi difícil para todos nós. Não é fácil perder alguém muito jovem e não poder se despedir como deveria", lamentou o senzaleiro e Historiador Mário Ângelo Barreto. Kfé era o equilíbrio do quarto Senzala, morava em Cruz das Almas e faleceu em em 2021 no auge de sua carreira profissional.
Residentes reunidos no Quarto Senzala na UFBA. Foto: arquivo |
Com muita emoção envolvida, tudo parece estar certo para o encontro no Restaurante da Carmem. A partir da 9h, os senzaleiros estarão chegando, onde cada um receberá a camiseta característica pelo preço de custo. Segundo Victor Paulo, filhos do homenageado Kfé estarão presentes pela primeira vez. Na rede social, o Advogado e Servidor Público Cláudio Pires, ex-morador da Senzala, postou foto apresentando a camiseta deste ano com a imagem do Kfé, arte trabalhada por Daniel Barreto, filho de Mário Ângelo Barreto, através de um aplicativo online.
Passados 25 anos, os jovens residentes da UFBA se tornaram quarentões. Muitos estão com filhos e filhas. Certamente, a marca dos encontros daqui para frente será a frequência de uma nova geração familiar. "Cafezinho", filho de Kfé, ficará de perto com os amigos-irmãos de seu pai. Muitos senzaleiros e residentes "Cafezinho" não conhece, mas muitos destes sabem que uma greve na Universidade foi decisiva para sua vinda ao mundo. O próprio Kfé revelou as boas novas (resenha). "Cafezinho" será o DNA do encontro, mas sem a pretensão de substituir o grande Edson Santana. A imprensa mundial carimbou que Edson morre, mas Pelé será sempre eterno. Será preciso escrever mais alguma coisa, meu caro Kfé? Bom encontro para todos!
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