11 de abril de 2020

Homem agredido após pedir comida registra queixa na polícia


Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem sendo agredido após pedir comida nas ruas de Sinop (MT). Segundo o portal G1, o caso já está sendo investigado após um advogado que representa a vítima prestar queixa. O ex-jogador Juninho Pernambucano também se comprometeu em ajuda.

No vídeo, dois homens aparecem em um carro conversando com uma pessoa que está pedindo dinheiro e comida na rua. Eles oferecem dinheiro, falam sobre a crise que o país está passando e perguntam se o rapaz tem recebido ajuda. O morador de rua responde que não consegue comprar comida e não recebe ajuda porque quase não há ninguém nas ruas.
No entanto, o gesto que parecia ser de generosidade era apenas uma isca para agredir o rapaz, que quando se aproxima acaba levando um tapa na cara. "Vai trabalhar, vagabundo", diz o carona, que tentava atrair o homem com dinheiro na mão. A vítima fica sem reação. "Quer mais um?", provoca o homem dentro do carro. A cena foi filmada pelos próprios agressores e está circulando na internet.
Ajuda

Um advogado que soube do caso registrou boletim de ocorrência na delegacia. Com isso, a polícia começou a investigação. Contudo, ainda segundo o G1, ainda não há detalhes de quando ocorreu a agressão e nem a identificação dos autores.

A repercussão do caso também levou famosos, como o ex-jogador da Seleção, Juninho Pernambucano, a se manifestar. Ele e um amigo vão ajudar o rapaz, que se chama Anderson.
"Pra quem se sensibilizou com o vídeo, do rapaz que leva um tapa no rosto por pedir dinheiro, é o seguinte. Falei com Rogério Pereira, que é professor de processo penal e advogado, que foi até a casa dele. Ele se chama Anderson. Anderson é dependente químico, antes de criticá-lo, saiba que na maioria das vezes, o caminho das drogas, é o único que é capaz, para muitos, de trazer algum prazer em estar vivo. Não incentivo ninguém a usar, mas não me acho no direito de dizer", afirma o ex-atleta que hoje é comentarista.
Ele informou que o homem agredido irá receber tratamento contra o vício. "Estamos enviando hoje, o Anderson, com seu consentimento, para uma clínica especializada em dependência química, onde ele ficará no mínimo três meses. A família do Anderson só falou coisas boas dele. E sabe que ele precisa de ajuda. (...) O ajudaremos a trabalhar, se alimentar e seguir seu caminho. Vai dar certo ? Não sabemos. Mas é o único provável caminho que poderá recupera-lo e reintegra-lo a sociedade. Quanto a agressão sofrida, será muito, mas muito mais difícil, esquecê-la, que se liberar do vício", diz nas mensagens.

Informações: Correio da Bahia


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