O salário mínimo necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 4.277,04 em março deste ano, segundo relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é cerca de quatro vezes mais do mínimo previsto em lei atualmente, R$ 998. O levantamento do Dieese é realizado mensalmente.
A pesquisa leva em conta o valor da cesta básica mais cara entre as capitais e a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
No dia da posse, em 1º de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que definiu o salário mínimo em R$ 998 — antes era R$ 954. O valor é R$ 8 abaixo do que foi definido pelo Congresso Nacional quando aprovado o Orçamento da União em 19 de dezembro — na ocasião, deputados e senadores colocaram o valor dos vencimentos mínimos em R$ 1.006.
O salário mínimo é usado como referência para os benefícios assistenciais e previdenciários. Bolsonaro tem até o dia 15 de abril para decidir se mantém a regra ou se muda.
Cesta básica
Conforme o relatório, Porto Alegre é a terceira capital no ranking das capitais com a cesta básica mais cara: R$ 479,53. A capital gaúcha perde apenas para São Paulo (R$ 509,11) e Rio de Janeiro (R$ 496,33).
Os menores valores médios do item foram registrados em Salvador (R$ 382,35) e Aracaju (R$ 385,62). O documento aponta que, em fevereiro de 2019, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 91 horas e 16 minutos.
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