Calor ficou tão insuportável que estudantes foram até liberados mais cedo
Alunos de bermuda no Colégio Estadual Evaristo da Veiga, em Salvador (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) |
Com os termômetros batendo na casa dos 40°C, em Feira de Santana, a ordem é chegar cedo: no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, a jovem Alana Duarte, 15 anos, quer garantir um dos lugares perto da porta. Já em Salvador, a estudante Beatriz Santos, 14, do Colégio Municipal Cidade de Jequié, na Federação, tenta ficar perto da janela.
Na sala do 8º ano do Colégio Estadual Evaristo da Veiga, na Avenida Anita Garibaldi, tem até disputa: o “revezamento” é para ficar perto dos ventiladores de teto. Podia ser uma corrida para sentar mais perto do quadro, mas, com um calor que chega a níveis quase insuportáveis, a prioridade de muitos estudantes é conseguir encontrar um lugar mais confortável para assistir a aula.
Seja na rede municipal, seja na rede estadual, a queixa é uma só: o calor não dá trégua. Como ar-condicionado é item raro nas escolas públicas, o jeito é apelar para saídas assim – ou até fazer de leque as folhas do caderno. No Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Feira, as aulas tiveram que ser encerradas mais cedo em um dos dias do final de fevereiro, no turno vespertino.
As aulas, que seguiriam até por volta das 17h, acabaram às 15h30. O calor, para alunos e professores, tornou a permanência em sala insustentável. Na comunidade acadêmica, apareceu até bordão de protesto: “não às saunas de aula”.
Ninguém sabe dizer quem começou, mas a expressão caiu na boca de alunos e até de professores. “Só sei que pegou”, diz a estudante Alana Duarte, que cursa o 1º ano do Ensino Médio no turno matutino na instituição. Na sala dela, há três ventiladores para 42 alunos. No entanto, de tempos em tempos, algum dos equipamentos dá problema.
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